quinta-feira, julho 13, 2006

Na praia

(Nos últimos dois dias temos conseguido uns óptimos fins de tarde na praia. Viva!)

Reparo que quer ir brincar com aquelas duas meninas que estão mesmo ali ao lado. Mas quer que eu vá e que fique com ela. Digo-lhe para levar o moínho e para mostrar às meninas como funciona. Vai, contente, mas não fala. Falo eu.
Em segundos estão todas aos saltos nas nossas toalhas, nas nossas coisas. Quer voar, mas baixinho. De preferência à sombra do nosso guarda-sol.


E eu olho para mim, a anti-social-mor, a ensinar-lhe como se aproximar das meninas, como meter conversa. Eu que nunca queria fazer nada disso. Eu que ficava extremamente envergonhada e furiosa quando os meus pais me forçavam a ir falar com esta ou aquela. Eu que preferia mil vezes as minhas brincadeiras solitárias à interferência de estranhos que me obrigariam a falar ou a brincar ao que não queria. Queria mandar. (Esse é um dos traços do meu mau feitio ainda hoje.)

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4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Eu era parecida contigo (e hoje só guardo a parte do mandar...).
Acho normal que os miúdos tenham alguma reserva. O meu mais novo não sabe o que isso é, em todos os adultos ou crianças vê amigos. A confusão que me faz ele ir com toda a gente para todo o lado, deconhecidos, conhecidos...já ela é bem diferente. Não é absolutamente tímida, mas tem reservas iniciais.

13/7/06 11:06  
Blogger anne said...

Por estes lados é ao contrário, eu é que sou "bicho do buraco" e o meu filho é que me obriga a falar com toda a gente.

13/7/06 11:33  
Blogger Mar said...

Sophie, eu era igualzinha a ti, em pequena. E acho que continuo um bocado assim... ;)

13/7/06 12:26  
Blogger Jolie said...

Fizeste-me lembrar a minha mãe que combatia o sua fobia do escuro, entrando connosco num quarto às escuras, para não nos passar esse medo... mesmo assim, ela mandava-nos à frente dela, tal era o pânico que tinha! :p

15/7/06 01:00  

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