Interrogo-me
Num determinado momento estamos felizes, deitadas no tapete, a brincar e a falar e a rir. Muito. Uma hora depois posso estar a ralhar e a discutir e a falar alto. Furiosa com as teimosias e insistências dela.
Parece-me estranho. Não devia isto ser mais constante? Estas oscilações de... de quê? De humor? De estado de espírito? É mesmo assim? É de mim ou ou estou só a responder ao comportamento dela? Há culpas? É imaturidade? Instabilidade minha?
Se ela não me chamasse duzentas mil vezes seguidas e ininterruptas, se não ignorasse os meus espera aí, já vou (ou ouvisse se a televisão não estivesse em altos berros), se obedecesse quando lhe digo para não sair do quarto descalça, eu não me zangava.
Se não tiver motivo, não me zango. Mas se eu fosse uma pessoa calma e ponderada (como achava que era), também não gritava.
Odeio-me tanto quando sinto que perco o controlo. Quanto mais perco o controlo, mais alto falo. E quando eu falo alto, ela assusta-se, porque confia em mim e não está a espera daquilo. Eu, quando grito, às vezes, é de repente (M.!!!!).
Parece-me estranho. Não devia isto ser mais constante? Estas oscilações de... de quê? De humor? De estado de espírito? É mesmo assim? É de mim ou ou estou só a responder ao comportamento dela? Há culpas? É imaturidade? Instabilidade minha?
Se ela não me chamasse duzentas mil vezes seguidas e ininterruptas, se não ignorasse os meus espera aí, já vou (ou ouvisse se a televisão não estivesse em altos berros), se obedecesse quando lhe digo para não sair do quarto descalça, eu não me zangava.
Se não tiver motivo, não me zango. Mas se eu fosse uma pessoa calma e ponderada (como achava que era), também não gritava.
Odeio-me tanto quando sinto que perco o controlo. Quanto mais perco o controlo, mais alto falo. E quando eu falo alto, ela assusta-se, porque confia em mim e não está a espera daquilo. Eu, quando grito, às vezes, é de repente (M.!!!!).
Etiquetas: coisas minhas
5 Comments:
agora que já colocaste as interrogações coloca-te na pele de um estranho que olha para a vossa cena familiar. Sê imparcial e ponderada. Sê verdadeira. Tenta não ser mãe. Tenta não ser filha.
E depois diz-me se o que vês não é o comportamento normal de duas pessoas que convivem de perto. Não é por estar tudo bem num minuto que no seguinte não pode acontecer algo que altere isso. E não é normal haver reacções, assumir o papel que nos cabe nessa altura?
Não te digo que não faças nada por isso (principalmente se não te faz sentir bem), mas peço-te que aceites tudo isso como uma consequência normal da convivência saudável entre duas pessoas, da definição de fronteiras, da sua ulrapassagem, da aprendizagem dessa convivência.
não te martirizes!
e perante o comentário anterior não há mais nada a dizer. Penso tb que é uma situação normal,não só de mãe e filha,mas de 2 pessoas distintas que vivem juntas e que têm de aprender a conviver. Eu tb não gosto nada de me enervar, mas depois das coisas se resolverem tenho uma conversa,explico, ouço explicações e fico a sentir-me melhor.
a mim acontece-me exactamente o mesmo...
o meu feitio e o da minha filha colidem a toda a hora... num minuto estamos a rir, no seguinte estou a perder a paciência com ela, aos berros por ela me estar a ignorar pela 765765ª vez... também não gosto que isto aconteça, mas começo a aceitar que somos ambas assim (ela teimosa, birrenta, desobediente e eu stressada e de pavio curto) e que não há muito a fazer... :-)
Realmente a Sónia disse tudo!
Beijinhos
Gosto da forma como expões a normalidade!
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