Paralelo
Mantenho, para além deste, um outro "diário". Escrito em folhas de papel, com tinta de esferográfica. Sem qualquer método ou organização. Este, que não considero apenas um diário ou um bloco de apontamentos, mas uma oportunidade de discutir assuntos, recolher conselhos, reunir opiniões e experiências, completa o outro. O que escrevo aqui, raramente refiro do outro lado. Mas, reparei há pouco tempo, que o que escrevo lá é muito diferente do que escrevo aqui. É mais bonito, porque é menos pensado. É mais pessoal, porque me dirijo à M. Tem poemas que tiveram um significado especial nesta ou naquela ocasião. Tem uma ou outra foto.
Tenho pena que durante o primeiro ano os registos sejam tão pobres. Tirando uma ou outra excepção, são meras referências à etapa em que a M. se encontrava. Primeira papa. Primeira sopa. Sentou-se. Levantou-se agarrada.
Tenho pena que haja semanas a fio sem um único texto. Entre os 10 e os 18 meses escrevi pouco.
Um dia quero compor um livro. Com as coisas daqui e de lá. E com os poemas, tão lindos! Para a M.
Acho cedo aos seis anos, quando souber ler. Imagino-a já adolescente a ler-me. A perceber-me e a perceber-se. Acho que essa é a altura.
Tenho pena que durante o primeiro ano os registos sejam tão pobres. Tirando uma ou outra excepção, são meras referências à etapa em que a M. se encontrava. Primeira papa. Primeira sopa. Sentou-se. Levantou-se agarrada.
Tenho pena que haja semanas a fio sem um único texto. Entre os 10 e os 18 meses escrevi pouco.
Um dia quero compor um livro. Com as coisas daqui e de lá. E com os poemas, tão lindos! Para a M.
Acho cedo aos seis anos, quando souber ler. Imagino-a já adolescente a ler-me. A perceber-me e a perceber-se. Acho que essa é a altura.
Etiquetas: coisas minhas
5 Comments:
É bom imaginar que eles vão gostar de ler, não é?!
(às vezes pergunto-me se eles vão mesmo ligar alguma coisa...)
:)
Pois, acho que até determinada idade não vão querer saber. Nem vão entender nada.
o que eu gostava de poder ter esse feedback da minha mãe. o que eu gostava...! às vezes peço-lhe para me explicar o que sentiu em determinada altura, peço-lhe que me explique o que sente agora. nunca resulta, fecha-se sempre, responde torto, retrai-se. tenho a certeza que seria capaz de a compreender muito melhor se tivesse tido a possibilidade que tu queres dar à M. :)
eu também gostava de ter um diário mais pessoal, escrito à mão, com fotos e recortes de coisas importantes...
quem sabe não o começo este ano?
:)
É também o meu objectivo mas tão dificil...
Imagino, tal como tu, que o meu filho só queira saber destes pensamentos quando for muito mais velho, talvez mesmo só quando for adulto ou pai e sinta a mesma necessidade de transmitir os seus sentimentos.
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