Ontem à noite
Ainda há tão pouco tempo eu diminuia a luz do quarto, pegava nela ao colo para lhe dar o leite. Sempre na mesma posição, a mesma da amamentação. Sempre virada para o mesmo lado, para dar mais jeito para deitar. Cantava baixinho, sussurrava coisas bonitas ou só olhava para aqueles olhinhos pequeninos a fechar. Segurava sempre o biberão com força e se eu o tentasse tirar, despertava naquele desmaio de sono e continuava a mamar, mesmo que já não houvesse leite.
Deitava-a suavemente.
Tudo tão automático, tão rotineiro, porque sabia bem assim.
É incrível como agora falamos e conversamos e ela pergunta e se lembra e se mexe e refila e protesta e volta a lembrar e a perguntar antes de apagar a luz do candeeiro.
Foi há tão pouco tempo...
(E o deslumbramento continua igual.)
Deitava-a suavemente.
Tudo tão automático, tão rotineiro, porque sabia bem assim.
É incrível como agora falamos e conversamos e ela pergunta e se lembra e se mexe e refila e protesta e volta a lembrar e a perguntar antes de apagar a luz do candeeiro.
Foi há tão pouco tempo...
(E o deslumbramento continua igual.)
7 Comments:
O deslumbramento não deixa nunca de existir... acho eu...
Claro q continua. E vai continuar a cada nova fase.
Eles crescem tão depressa, não é!?
Muitas vezes dou por mim a fazer comparações desse tipo, principalmente á noite, quando ele já está a dormir e eu vou aconchega-lo. Olho para ele e parece-me tão grande! Como pôde crescer tanto?
foi ontem mesmo...
Tento não pensar...
:)
Passa tudo tao rapido...
Quando leio o que escreves tento, ainda mais (se é que é possível), aproveitar todos os bocadinhos que tenho com o G., cada vez mais deslumbrada. E sim, acho que nunca vou deixar de ficar deslumbrada com estes momentos... :)
Passa tudo tão rápido, parece que nos foge das mãos...
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