sexta-feira, maio 30, 2008

26

Desde domingo passado.

Voltei a enfiar-me na cozinha.
Salame de chocolate, tarte de maçã, gelado de morango. Gosto de presentear os outros quando estou feliz.

Há sempre um mas

Eu conheço uma cidade em que não é preciso usar o carro para ir ao banco ou aos correios ou à farmácia ou à lavandaria ou ao supermercado ou à peixaria ou à escola ou à praia. Não tem centros comerciais. Tem música, teatro e cinema. Alguns espaços verdes e ruas onde só andam pessoas.

Sonho morar nessa cidade.

Mas as casas são muito caras.

quarta-feira, maio 28, 2008

Às vezes..., nem sei

Parece-me tão adulta.

- Vou levar uma boneca para o casamento para não me aborrecer.

terça-feira, maio 27, 2008

Estou quase a precisar de um psicólogo

A minha filha adorada gosta mais da avó do que de mim.

segunda-feira, maio 26, 2008

Brincadeiras

Continua a adorar brincar às lojas. Comprar, vender, é para embrulhar?, fazer as contas, dar um papelinho, pagar, receber, dar o troco, passar o cartão na máquina.

Nas brincadeiras mais inventivas, é muitas vezes a princesa, a fada, a bailarina. Com super-poderes. Presa, amarrada, vítima de muitas maldades e armadilhas e feitiços terríveis realizados por uma bruxa má (que sou quase sempre eu), mas dos quais sai sempre vitoriosa.

domingo, maio 18, 2008

Em contrapartida

Não percebe (claro!) que os calores que sente na cara e os ataques de comichões aqui e ali são só nervoso miudinho. E que só passam quando se acalma ou se distrai com outra coisa qualquer. Ou com uma colher de xarope "milagroso".

sexta-feira, maio 16, 2008

Queria que fosse sempre assim

A capacidade de me explicar o que está a sentir.

Hoje, no carro, a caminho da escola, estranho o silêncio:

- O que tens? Estás triste?
- Não. Estou um bocadinho nervosa por ir para casa da S.


Logo vai para casa da amiga brincar. A novidade é que é a mãe da menina que as vai buscar à escola.

quinta-feira, maio 15, 2008

É bom

trabalhar num sítio em que de repente há música. Tocada ali a dez metros de nós. Uma pandeireta, uma guitarra, vozes.
Neste blog posso referir-me ao assunto numa outra perspectiva.

Uma amiga sofreu uma perda brutal e inesperada. Até ontem, a única coisa que me fazia sorrir e abstrair da tristeza dela era estar com a M. Os filhos têm este poder. Dão-nos esta força. Obrigam-nos a ser fortes por eles.

Só quando estava com a M. não sentia que devia estar era ao lado da minha amiga. E estive, sempre que pude, até ontem. Hoje a vida tem de continuar.

Desde domingo que não me impaciento, nem grito, nem dou palmadas. Não sou capaz, ou não tenho tido motivos. E voltei a dizer amo-te.

segunda-feira, maio 12, 2008

Difícil

Vai para o quarto de castigo.
Passado algum tempo vou lá para conversarmos e acabarmos com aquilo. Vira o bico ao prego: Agora eu é que não quero sair daqui! Muito orgulho e teimosia.

Minutos depois aparece de cara tapada e com um desenho para mim.

quinta-feira, maio 08, 2008

Ela, para mim

- Estragas a minha beleza.

(Afinal a frase é: Dás cabo da minha beleza!)

segunda-feira, maio 05, 2008

Dia da mãe

O meu foi na sexta-feira. Prendinha feita por ela na escola, lanche especial para as mães.

(Nota: Ainda bem que (algum)as educadoras não ensinam os meninos a escrever. Feliz Dia Mamá! é lindo.)

E cada vez mais sou contra este hábito que se está a instituir em algumas escolas de chamar as mães ou os pais (normalmente em horários impróprios para quem trabalha)nestes dias.

Por muito que ache piada às festinhas e que os miúdos fiquem felizes da vida por terem lá as mães, há sempre meia dúzia que se sente mal porque as mães não podem ir. Miúdos que não se sentem mal em mais nenhum dia do ano, mas sentem naquele, porque a escola resolveu chamar lá as mães e a deles não pode ir. Por eles, acho que valia a pena acabar com isto.

De repente,

damos conta. Paramos. Como se ficássemos lúcidos por breves instantes. Como se a lucidez não fosse o nosso estado normal. Reparamos naquelas letrinhas feitas com marcador cor-de-rosa. O nome. As letras à máquina tão bem desenhadas. O esforço daquela mão (ainda tão) pequenina e daquela cabecinha (ainda tão) pequenina. As letras. Uma a seguir à outra. E vêm-nos à cabeça todas as gritarias e palmadas e injustiças. Aquela filha pequenina que dorme fez um desenho, dobrou-o em muitas partes e escreveu o nome dela com marcador cor-de-rosa. E isso, de repente, damos conta, é um milagre.

Gosto da televisão ao domingo

Desafio Verde às 21h, na RTP2.
Contemporâneos às 21h40m, na RTP1.

sexta-feira, maio 02, 2008

Sem tempo para isto

(pelo menos até domingo).