quarta-feira, julho 23, 2008

O circo

O que gostei mais foi dos cãezinhos e dos truques.
O que gostei menos foi da parte que não começava.


M.

terça-feira, julho 22, 2008

Ontem

começou a nossa época balnear.

Banhos, mais de areia do que de mar, porque as temperaturas da água e a ondulação são pouco próprias para uma mãe que se tornou friorenta e uma filha pouco aventureira (mas que acha (eu também) que este ano tem menos medo e vai ser capaz de mergulhar).

A pele já cheira a sol e mar. E protector.

Já há choros para ir embora, para sair da água. Tu não compreendes que eu amo o mar...

Uma trinca numa maçã

ditou a saída do primeiro dente de leite. Sábado, manhã, praia.

Contente e orgulhosa com a novidade, porque isto significa crescer e nem sentiu nada, nem uma gotinha de sangue deitou.

sexta-feira, julho 18, 2008

Dilema moral

Temos um circo muito perto de casa. Com animais.

Eu gostava de ir, muito baixinho. Mas tenho pena dos animais!

Eu também gostava de te levar ao circo, para que soubesses o que é e como é. Mas os animais...

Dois (!!!)

dentes a abanar muito. Um deles quase, quase a cair. Dois definitivos já a espreitar.

Bolinhos














Feitos ontem pela M. (que voltou a querer ser doceira e florista) com a tia.

terça-feira, julho 15, 2008

Meteorologia

Depois de um Junho seco (brilhante, mesmo, de tantas estrelinhas que marcámos no calendário), o Julho tem tido alguns aguaceiros. Uns explicáveis, outros nem tanto.

Por outro lado

Consegue ser a mais doce das criaturas.

Quando me abraça com as mãos pequeninas, quando me prepara o lanche, quando encosta a cabeça com sono, quando pede mimos.

Indescritível

O modo insolente com que me provoca.

Eu embasbacada, incrédula, a fazer um esforço para me lembrar que ela tem cinco anos. Não tem treze. E tentar tratá-la como se ela tivesse cinco anos e não treze.


Só à chapada. Nem sei como ainda não aconteceu.

quinta-feira, julho 10, 2008

Adoro

segunda-feira, julho 07, 2008

Actualização

A M. quer ser maquilhadora.

Gostar de musicais



Vá, todos ao Rivoli!

sexta-feira, julho 04, 2008

Por causa disto

Pergunto-me se transmitirei segurança suficiente à M. A mesma que a minha mãe me transmitia a mim. Sólida. Com ela, nada de mal me podia acontecer, não precisava de estar atenta aos perigos ou preocupada com o que quer que fosse.

Ainda hoje me sinto assim. Estar com a minha mãe é descansar.

Nunca somos adultos. Ou pelo menos, nunca somos tão adultos como nos pareciam aqueles que cuidavam de nós quando éramos pequenos. Sentiriam também eles o mesmo?

quinta-feira, julho 03, 2008

Pois então, eu não nasci mesmo com esse chip.

Descubro-me uma verdadeira bruxa do lar.
Tropeço no tubo do aspirador, esbarro na mobília, parto coisas (muitas) e só conheço um programa da máquina de lavar roupa. Não me preocupo nem me esforço muito, é certo, porque this is not my job! Mas estou cheia de problemas de consciência por ter partido o porquinho mealheiro da M (não, não foi para lhe tirar o dinheiro) e o braço da barbie que lhe demos no Natal. E por ter feito um rasgão enorme no véu que lhe cobre a cama. Lá está, foi com o aspirador, essa máquina terrível. Ainda ninguém descobriu e, com sorte, consigo disfarçar o buraco antes de ver os olhos cor-de-mar cheios de lágrimas.

Em contrapartida, dá-me um prazer imenso cozinhar quando me apetece (o que é giro, tendo em conta que faço comida quase todos os dias). Cozinhar com amor, com atenção e dedicação, para proporcionar prazer aos outros. Imagino-me numa daquelas ilhas no meio da cozinha, com pessoas sentadas à minha volta. Cozinhar devagar e conversar.

Livros

Os Primos e a Fada Atarantada e Os Primos e o Feiticeiro Lampeiro.

Pertencem a uma colecção das autoras Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães.

Estão bem escritos e são adequados para a idade da M, embora não sejam mesmo nada o meu género. Magia a mais.

Mas a M. gosta muito. Um foi oferecido, outro comprámos numa feira do livro. Escolha dela. Por partes, são muitas vezes as histórias da noite.


Aos 5 anos

a timidez parece falta de educação.

A vergonha ainda lhe bloqueia os olás e obrigados e outras respostas. Fico eu, entre desculpas e risos atrapalhados, a responder por ela, porque sei que não vale a pena insistir no momento para que beije ou fale com determinada pessoa.

Até estender a mão para aceitar um chupa-chupa ou escolher um rebuçado por vezes é difícil. Tem de se sentir muito à vontade. E isso pode acontecer mais com umas pessoas do que com outras, sem que nada de concreto o explique. Pode acontecer simplesmente porque há outros meninos da idade dela envolvidos e aí deixa-se ir na onda. Mas foge, como pode, do confronto com os mais velhos.

Aguardo, com paciência, o momento em que a pressão do socialmente correcto se sobreponha às inibições. Cresce, mas devagarinho.

terça-feira, julho 01, 2008

Pintinhas

Adoro reaproveitamentos.


















Fiz uns mini-quadros para a M. com amostras de papel de parede.
(Parece que o dente está mesmo a abanar.)