quinta-feira, novembro 30, 2006

Sempre

que explica a alguém o surpreendente facto de ter começado a gostar de atum depois de o provar pela primeira vez, acrescenta sempre É assim a vida ou É assim a vida das pessoas.

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terça-feira, novembro 28, 2006

Correcção

- Vá, mãe, cala-te!
- Então? Isso não se diz! Não se manda calar as pessoas assim.
- Mãe, pára agora de falar um bocadinho, está bem?
- Assim está melhor.

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Série

Quando é que deu o 3º episódio da Anatomia de Grey?

segunda-feira, novembro 27, 2006

Fralda não!

Não quer a fralda para dormir. Porque incomoda, porque dá comichões, porque já não se sente bem, penso eu. Acho normal. O problema é que os esquecimentos durante a noite continuam a ser muitos.

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Escadas

Vai ter uma cama com escadas. Quatro degraus porque a cama até é alta. É meio sonho que se cumpre.
Inspirada nesta, mas mais alta, com uns degraus laterais (que são também mini gavetas) e com uma segunda cama a sair de baixo já a pensar no futuro.















O que queria mesmo era uma com um escadote. Dormir lá no alto, mais perto do céu.
Quando for para o ciclo. Talvez aí já sejam três. :)

Do fim-de-semana

A tosse passou. Dois dias metidos em casa* ajudou. Ajuda sempre.

Muitos beijinhos doces na cara do pai na manhã de domingo. Ela no nosso meio. Os nossos pés a tocarem-se lá ao fundo.

Gostamos de receber gente em casa. Pôr a mesa para muitos. Crianças para brincar com a M. Para não sermos sempre e só nós.

Parece que a M quer uma Bátsse no Natal. Uma Bratz. E qualquer coisa que tem o cabelo a crescer. E maquiagem! Eu sabia que ver os anúncios a brinquedos no Panda não ia dar bom resultado.

Estou ansiosa por ter a casa enfeitada de vermelho e dourado.

*Mentira! Saímos para jantar no sábado e para passear um bocadinho a pé no domingo de manhã, muito agasalhadinhos.

Sexta-feira sem luz

(escrevinhado em papelitos no parapeito da janela, as duas em casa)

Gaivotas a voar em círculos mal desenhados no céu por cima de nós. Se a Dona L. tiver razão é porque há tempestade no mar.
Não temos luz. Não há Ruca. Não há varinha para passar a sopa. Ai, que não páras de tossir...
Um chá quentinho, é isso.
Ia pegar no fervedor eléctrico. Pois, não dá. Que hábitos temos nós agora.

(Parece que já há... não, foi abaixo outra vez.)

Púcaro com água no fogão. Click... click... click... mas isto também não funciona? Ah! Ok. Fósforos.

São 16h. Daqui a nada precisamos de velas. Vou acender a lareira também. Já não vejo as gaivotas.

Não deixa de ser bom. Apuramos os sentidos. Vemos pior, mas sentimos e ouvimos melhor. Concentramo-nos no que é essencial. Já dizia o Principezinho que o essencial é invisível aos olhos. Se calhar é por isso que só o vemos assim, quase na escuridão. A tua voz, as mãos quentes a encolver uma caneca com chá, o silêncio, os livros.

(Passava das 21:30 quando a luz voltou.)

sexta-feira, novembro 24, 2006

Tosse, muita tosse

Que não deixa dormir, que aflige, que cansa o peito.

Maldita!

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quinta-feira, novembro 23, 2006

Na televisão

"A sociedade é feita de mães. Elas é que governam a família toda."

quarta-feira, novembro 22, 2006

Tintas

Adora! Faz birras para irmos comprar esta ou aquela cor.

Ontem comprámos o roxo e o vermelho.

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Serenamente

Um passarinho contou-me que a Marta já nasceu!

Beijinhos, Ana Rute!

terça-feira, novembro 21, 2006

Natureza

Fiel à minha, inconstante, mudo o nome do blog.

A um mês do Natal (quase)

Ensaio, com tesoura, agulha, linha e feltro, modelos de prendas muito simples para oferecer no Natal.

Ela pinta conchas e pedrinhas que sobraram do Verão. Para dar aos meus amigos!

O ano passado pintámos vasinhos que enchemos de guloseimas.

Gosto tanto disto!

segunda-feira, novembro 20, 2006

Tarde

Quando a deitamos (ou quando ela adormece) muito tarde, eu deito-me mais tarde ainda. Porque há uma série de coisas que quero e gosto de fazer àquela hora. Apanhar tralha espalhada, ler, conversar, ver aquela série que deixei a gravar.

No dia seguinte estou cheia de sono. Às vezes dói-me a cabeça. E hoje até me sinto enjoada. (Se não tivesse a certeza que não estava, até podia desconfiar que estava.)

Sestas

As sestas de quase três horas que faz em casa explicam o mau feitio durante a semana. Desconfio que, na escola, não chega a dormir uma hora seguida.

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Habilidades

Ontem levei uma patada que me apanhou o olho esquerdo e a testa e que me pôs a ver estrelas. Se levar um murro for assim..., bolas!
Foi completamente sem querer (em última instância, a culpa até foi minha), mas nunca senti tal coisa. Parecia que toda a zona tinha entrado para dentro e que nunca mais ia conseguir abrir o olho. Nem pisado ficou, mas a zona ainda está sensível.

Foi depois de tentar fazer aquele malabarismo que se fazia antigamente. Duas pessoas de costas uma para a outra, segurando as mãos uma da outra pelo meio das pernas. Uma puxa a outra, que passa por baixo das pernas, dá uma cambalhota e cai à frente.
Eu puxava (claro), ela rodopiava.

Aquela gargalhada descontrolada, o meu olho a estourar.

Do arco da velha

Cortar pedacinhos de chouriço para dentro da sopa para que a coma. Já lá vai o tempo das salsichas.

Tapar-lhe a cara com toalhas de quarto-de-banho das pequeninas para que consiga lavar o cabelo.

Gatos

O programa não é para crianças, mas não dizem asneiras nem são explicitamente ordinários. Quem ainda não tem idade para perceber, só percebe como pode.

São como uns palhaços sem pinturas na cara, como disse alguém. E ela gosta.

Menina de mão cheia

Argumenta, critica, elogia, tenta manipular-nos, faz piadas, goza, descobre semelhanças, brinca com palavras, é matreira como uma raposinha.

Ontem, a ver o Gato Fedorento:
(deita-se muito tarde, não pode ser, vou começar a gravar para depois ela ver ou então vê à sexta-feira)

- Olha, o Gato Fuento no Dança Comigo! Eles conhecem? A cama é como se fosse o palco!

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sexta-feira, novembro 17, 2006

Mães sinceras

Agora que li tudo.

Não acho as mães de hoje mais sinceras do que as outras, muito pelo contrário. Ter um filho hoje, pelas dificuldades que por vezes essa decisão acarreta e pelo investimento que é feito, é equiparado a uma dádiva dos céus. É quase um sacrilégio ouvirmos uma mãe dizer raispartácanalha!!!

A sinceridade, que na minha opinião sempre houve, deixou de existir na nossa geração. Por isso é que agora é notícia.

Como o próprio artigo refere, elevámos demais o padrão do que é ser boa mãe ou bom pai. Com tantos medos e psicologia, vivemos sob pressão. A pressão de rir sempre, de saber sempre controlar uma birra, de não deixar chorar o bebé, de afinal deixar chorar, de amamentar até determinada idade, de não o levar para a nossa cama, de afinal levá-lo para a nossa cama,... ai, socorro!

Vamos só ser, está bem?

(Os últimos dias têm sido complicados. Gritos e palmadas no rabo. É indiscritível. Quer-me sempre junto a ela, mesmo em casa. Grita literalmente por mim, da sala para a cozinha, ininterruptamente, como se a estivessem a matar. Eu descontrolo-me, assusto-a, ainda chora mais.
Acho que a explicação é simples: falta de uma sesta em condições.)

quarta-feira, novembro 15, 2006

Exigências

Cá em casa há gritos para eu tirar os óculos e soltar o cabelo.
Se cumpro estas exigências, ouço elogios que me alimentam a auto-estima durante um mês.

terça-feira, novembro 14, 2006

Ir amparando

sem aparar (as jogadas). É o que estou a fazer. Mesmo quando o choro dela me toma conta do cérebro. Não ligo, não retiro obstáculos, não interfiro. Trabalho na retaguarda. Vejo nas pequenas coisas que está um bocadinho mais forte e segura. Um bocadinho pequenino só. Mas é esse o caminho, aos bocadinhos.

(De tarde corre sempre tudo muito bem. É quando está completamente ambientada. Se as aulas de ginástica e música fossem à tarde, tenho a certeza que não havia tanto choro e resistência.)

Hoje

Frio. Bom.

segunda-feira, novembro 13, 2006

Mãe princesa

Aqui.

A meio de Novembro

(Acho que só eu é que ainda não fiz referência ao Outono invulgar que temos tido este ano.)

Um calor abrasador (26º) a meio do dia. Um frio (10º) que já faz apetecer a lareira à noite.

Contam-se pelos dedos de uma mão as vezes que a M. levou manga comprida para a escola desde Setembro. Só agora começa a ser regra. Collants nem vê-los. Saia com meia curta ou pelo joelho.

Eu ainda há uma semana calcei sandálias.

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Delete

Estou numa fase em que apago do mail as newsletters do Exit e do Netviagens sem sequer as abrir.

Ia dizer que era mau sinal. Mas não. Quer dizer que ando menos nas nuvens.

sábado, novembro 11, 2006

3 anos e 7 meses

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sexta-feira, novembro 10, 2006

Por acaso

repa quer dizer cabelo isolado, farripa.

(Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora)

quinta-feira, novembro 09, 2006

Parece

que não é muito prático.

Acho que para a semana vamos voltar a cortar a repa.

Vocabulário

- Olha para a minha boca e guepete a minha falagem, 'tá bem?

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Aquela amizade (2)

Hoje vi-as. Abraçavam-se com tamanha alegria, na perspectiva de irem a casa uma da outra, que me desarmei. Só naquele momento, porque continuo a achar que a M. não vive esta amizade de um modo saudável.

Depois da sesta, que hoje foi em casa:
- Eu gostava mesmo que a S. fosse minha irmã.

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terça-feira, novembro 07, 2006

É demasiado doloroso vê-la crescer com sofrimento. Queria tanto que ela se passeasse pela vida com a leveza da maioria das crianças. Mas não. Todos os dias é preciso uma motivação diferente para ir para a escola. Todos os dias não quer. Todos os dias a separação custa. Todos os dias repetimos e reinventamos as mesmas palavras.

Sei que vai passar quando tiver de ser. Respeito, dou todo o tempo. Mas canso-me e não acho justo que seja assim.

Aquela amizade

que lhe tolhe os movimentos e que a faz chorar mais do que rir, põe-me doente.

Se a amiga faltar à escola, a manhã é passada a choramingar pelos cantos. Se a amiga não quer brincar, fica perdida sem saber o que fazer. O que a amiga quiser, ela também quer. O que a amiga vestir, ela também veste. As asneiras que a amiga fizer (ou disser) ela também faz (ou diz).

- Mas mãe, ela é imenso minha amiga...

Perguntas difíceis

No carro:

- Como é que se fazem as chiclas? (afinal não as provou só aos 5 anos, como eu apregoava)
- Er... Fazem-se em fábricas. (fingindo que a pergunta era "onde")
- Mas o que é que levam?
- Er... er... açúcar e..., pronto, levam açúcar e... outros produtos.
- Farinha?
- Talvez.
- Ovos?
- Não, ovos não. Levam sabor a fruta. [ai meu deus, o que é que eu estou para aqui a dizer!] Levam uns bocadinhos muito pequeninos de fruta para saberem e cheirarem a fruta. Mas mesmo muito pequeninos. E levam uma espécie de cola, para ficarem assim pegajosas. Como vês, tudo coisas que não são muito boas para a saúde. Por isso não se podem engolir. Mastiga-se um bocadinho e pronto, deita-se fora.

segunda-feira, novembro 06, 2006

Gato Fuento

A M. é fã do Gato Fedorento. Desde a série Lopes da Silva.

Até aos anúncios da PT presta imensa atenção. Conhece-lhes a voz à distância. Agora anda por aí a cantar e a dançar: Eu sou uma espécie de magazine!

Ontem:
- Linha pêta ou linha azul! Ahahahahahahah!!!

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domingo, novembro 05, 2006

Ir ao Ikea foi mais ou menos assim

(a pedido)
























E ainda um trânsito infernal na 2ª circular ou lá o que é aquilo. Uma hora e um quarto de Alfragide até à saída para a A1 (Norte).

sexta-feira, novembro 03, 2006

Sinceridade

- Mamã, vai tomar o teu quênálmoço, está bem? Eu vou só lavar as mãos e já vou ter contigo.

Finjo que não estou a perceber que me está a mentir. Deixo-a fazer o que quer, com cuidado, vá, eu confio em ti. Normalmente, breves segundos depois confessa a mentira. Sem dramas.

Prefiro assim. Chegará a altura em que serei bem enganada, se ela quiser.

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quinta-feira, novembro 02, 2006

Desleixar

Ando há meses para marcar uma consulta num ortopedista para lhe ver o "alinhamento" das pernas. Nunca mais. Adio, adio. E sei que não é por desleixo, mas por ter medo que ela faça uma birra descomunal e não deixe que o médico lhe toque. E que eu saia de lá com vontade de me enfiar num buraco.

Isto não é normal. Nada normal. Estamos a criar uma geração de mal-educados.