quarta-feira, maio 31, 2006

Post feio

(atrasado 15 dias)

Arrastei-a pelo braço da sala até ao quarto. Com força e firmeza. Senti que puxei com força de mais ou com jeito de menos.
A minha cara ainda ardia e a cabeça doía por causa do puxão de cabelo e eu já só pensava se a tinha magoado.
Ai, o bracinho dela!
As lágrimas nos meus olhos pela bofetada que ainda me ardia e pelos gritos dela: Ai o meu braço! Ai o meu braço!

Sim

Já passou.
Mas a barriguita não anda muito famosa. Dores, diarreia e tal.

terça-feira, maio 30, 2006

Do calor?

- O que tens?
- Nada, só quero 'tar assim...
- com a cabeça bem encostada ao meu ombro, como nunca mais voltou a fazer desde que "cresceu".

Nunca se deita logo à primeira. Refila, refila, protesta, quer isto, quer mais aquilo, tapa, destapa. Ontem não.

De manhã, muito choquinha:
- Queres o leite?
- Pode ser...


E normalmente não pede o leite, exige-o, muitas vezes aos berros. Muito e frio!

Faz favor de se pôr boa! E voltar a refilar e a gritar e a portar-se mal! Ai-ai, ai-ai!*


Adenda: Penso que será mesmo uma indisposição. Vomitou a sopa ontem na creche e está com pouco apetite. Espero que passe depressa.

* Acho que nunca me senti tão inquieta e incomodada no que diz respeito à saúde dela.
Constipações, febres, tosses e gargantas a doer não me preocupam minimamente. Demoram uns dias a passar, toma-se o que é preciso e pronto.
Mas isto... ai que impressão! Que sensação estranha, mesmo sabendo que não é nada de especial, vê-la deitada no sofá, quieta, sem me pedir para brincar...

segunda-feira, maio 29, 2006

Histórias reais

Durante um passeio a pé ao fim da tarde, aproveitando as tréguas que o calor de domingo nos concedeu, deparámo-nos com a porta de uma casa (desabitada há cerca de um ano) partida. Evidente tentativa de arrombamento.

Os comentários podiam ter sido evitados, mas não foram. Saíram espontaneamente: Eh pá, tentaram assaltar aquela casa! Olha para a porta! Pois... vazia há tanto tempo...

(Frases normais, que se dizem ao telefone ou comentando uma notícia que se lê.)

- O que foi, mãe? Quem foi, mãe? - aos 3 anos, já nenhuma* conversa passa ao lado.

Hesitei. Aquele medo de lhe criar medos...
- Foram ladrões.

Reparei na expressão intrigada e até preocupada dela e apressei-me a continuar a explicação. Com naturalidade.
- Há ladrões, pessoas que roubam coisas. E isso não se faz, claro.
- E eles andam na guga [rua]?
- Às vezes podem passar... ou sabem que não mora ninguém ali e... Mas olha, não precisamos de nos preocupar, porque de certeza que a polícia já os prendeu e já se zangou com eles e explicou-lhes que isso não se pode fazer... Como o Sonso e o Mafarrico, sabes? Do Noddy?

Ok. Mas senti que a conversa não tinha terminado.

Mais tarde, depois do banho.
- Os lad'ões ent'am nas casas?
Voltei a explicar tudo. E assegurei que a polícia trata do problema. É isso que ela faz. E que há ladrões, sim senhora, poucos, mas há. E o mais importante de tudo: não entram na nossa casa.

Aprendi que, mesmo as histórias reais, não devem nem precisam de ser corrigidas.
O assunto ficou encerrado e as peças ladrões/polícia/cadeia bem encaixadas naquela cabecinha. Foi ontem, podia ter sido hoje ou daqui a três meses.


*Cada vez tenho mais a certeza disso. Nenhuma, mesmo. Até quando não estão a olhar ou parecem entretidos com outras coisas.

Da idade (dela)

- Mãe! Já consigo dizer "infantil"!

- O que é p'egar uma pa'tida [pregar uma partida]?

- O que é memó'ia [memória]?

domingo, maio 28, 2006

Arrumações

Orientei-me por aqui.
A ideia não era ganhar espaço, era facilitar a arrumação quando tudo está um caos.

Ficámos, então, com:
1 caixa (a maior) só para bebés e bonecas
1 caixa para as tralhices da cozinha de brincar (panelas, pratos, copos, talheres, cafeteira, chávenas, etc.)
1 caixa para as roupinhas e outros acessórios dos bonecos (escovas do cabelo, penduricalhos, fraldas)
1 caixa redonda (metálica, daquelas das bolachas) com todos os lápis e marcadores - para já é suficiente
1 caixa de sapatos com coisas pequeninas que vão aparecendo por aqui e por ali e que não tive coragem de deitar fora, como os brindes dos ovos kinder ou aqueles que saem nas bolas dos cafés ou os pin&pons que as primas cá descarregaram

quinta-feira, maio 25, 2006

Desatenções

Era só fazer a conta... :)

Sozinha!

Gosto.
Posso arrumar armários à vontade sem ninguém a meter-se lá dentro ou a deitar-se por cima das coisas.
Posso ver (e ouvir) o que quero na televisão - aquela série que deixei a gravar há não sei quanto tempo.
Posso comer à hora que me apetecer. Posso não cozinhar.
Posso pôr escritas e leituras em dia.
Posso receber e ler calmamente os telefonemas e mensagens de parabéns. :)
Daqui a pouco vou almoçar com a minha querida mãe. À noite, jantar e parabéns a você com todos.

Já não me sinto (tão) mal quando a levo à escola nos dias em que fico em casa.

1982

Nasceram em Portugal 151 029 bebés.

Tenho a mesma idade desta malta.

quarta-feira, maio 24, 2006

Surpresa

Saíram os dois para comprar uma prenda para mim.
Espanta-me a capacidade que já tem para manter um segredinho.

Soltas

As recordações da M não vão mais além do que Agosto ou Setembro passados. Há coisas que se lembra mesmo, como os animais que vimos no Zoo em Outubro. Outras que se lembra quando volta a determinado local. Lembrou-se que tinha visto uma senhora a tropeçar e cair na estação do comboio (em Outubro, também). Lembrou-se que o papá fazia covas enormes na areia da praia, assim que pusémos lá os pés.

Nem sempre, quando reproduzo aqui frases da M, as escrevo tal e qual como ela as diz. Por preguiça ou por não me lembrar mesmo como pronuncia determinada palavra. Na dúvida, opto por escrever da forma correcta.
Para além disso, muitas vezes a graça e o interesse do registo está naquilo que é dito e não na forma como é dito.

Esta manhã

Ficou tão preocupada quando lhe disse que fazia anos amanhã...

- Mas eu..., mas..., já di o colar e a caixinha, não posso dar outa bez...

Demorei a perceber. Não tinha nada para me oferecer. E as prendas do dia da Mãe, não podia voltar a dar.

Bela forma de descobrir que ainda não me compraram nada, nem conversaram sobre o assunto. Mas o que é que o P. anda a fazer, hã?? Telefonei-lhe logo.

:)

(Ah! É claro que lhe disse que não se preocupasse. Que podia oferecer-me um desenho lindo. E até voltar a embrulhar as prendas do Dia da Mãe que eu ficava contente na mesma.)

terça-feira, maio 23, 2006

Ontem, no carro

- Então, mãe, não bem nenhum papel pa ir à p'aia?
- Papel?
- Sim. Como aquele papel da mújica e da ginástica...
- Ah! O papel a dizer que os meninos vão começar a ir à praia?
- Sim.
- Há-de vir, há-de vir.

Há uns tempos trouxe na mochila um impresso da escola em que tínhamos de assinalar as actividades que gostaríamos que a M frequentasse para o próximo ano lectivo. A música e a ginástica seriam gratuitas e todos os meninos do jardim teriam (era o que dizia no papel). As opcionais e pagas para os meninos de 3 anos eram: karaté, informática e inglês. Achámos a música e a ginástica suficientes. Ficou contente, nervosita e inchada de orgulho.
Mas afinal, com muita pena nossa (e desapontamento dela), as aulas de música são só a partir dos 4 anos.

Está ansiosa que chegue o papel que anunciará o início das idas à praia. Uma semana durante o mês de Junho.

Como ainda hoje escrevi num outro blog, acho que a M, apesar da timidez, tem uma personalidade muito diferente da que eu tinha na idade dela e até mais velha. Eu sofria horrores quando me obrigavam a participar em actividades diferentes das que estava habituada, quando me obrigavam a sair da minha salinha de pré, do meu canto, para outro lado qualquer.
Ela não. Apesar de ser mais insegura no que diz respeito às brincadeiras com os outros meninos, ser quase sempre a que segue e não a que dá ideias - eu brincava sozinha com muito prazer, revela uma enorme coragem e à-vontade perante estes "desafios". Basta lembrar isto.

segunda-feira, maio 22, 2006

Floribella

Alguém já viu?
É tipo Morangos com Açúcar ou é para meninos pequeninos?

Adenda: Pronto, já vi. É mau, muito mau. Mas inocente. Acho que não tem mal deixá-la ver de vez em quando.

Floribella

Floribella para cá, Floribella para lá! Lá, lá, lá!

A S canta a música da Floribella!
Olha a Floribella na tebisão!


Como???

sábado, maio 20, 2006

Conversas no comboio

- As casas estão a andar? - brinquei.
- Hã? Não, elas 'tão metidas na téga!!
- Então quem é que está a andar? Nós?
- Não, o comboio.

- Onde 'tá o senhor que conduz o comboio? Não tem? Anda sem ninguém?

Não gostar

Há uma série de alimentos que diz que não gosta, mas que nunca provou (pelo menos conscientemente).

Somos ou fomos todos assim.

Atum, cogumelos, iogurtes com pedaços, delícias do mar, esparregado, feijão, grão, são os que me lembro assim de repente.

Começou a gostar de iogurtes com pedaços desde que os provou na escola.

Com o atum, apresentei-lhe o prato e disse simplesmente que era peixe. E é verdade, não menti! Gostou, claro.

Refeições

Cozinho muitas vezes só para ela (e para mim de arrasto). Sinto que a minha imaginação está a dar as últimas. Aceito sugestões.
Isto é o que faço mais ou já fiz e ela gosta mais, ou menos, sem qualquer ordem, apenas à medida que me vou lembrando.

Peixe, ovo e batata cozida.
Peixe estufado com massa.
Peixe e batatas estufadas.
Arroz de peixe.
Salmão grelhado com massa, arroz ou batata cozida.
Esparguete à bolonhesa.
Açorda de ovo.
Bife de frango com massa ou arroz ou puré.
Bife de peru com massa ou arroz ou puré.
Massa com atum. (hoje pela primeira vez)
Ovos mexidos com ou sem salsichas + acompanhamento.
Rissóis de carne + acompanhamento (puré muitas vezes).
Pizza.
Massa com fiambre e ovo.
Lasanha (de carne ou de soja).
Frango estufado + acompanhamento.
Douradinhos no forno + acompanhamento.
...

Correcção

-Ó T., vais buscar um copo de água, por favor? Vais? Sim? Ok, obrigada.

- Mãe, ainda não é agora que se diz obrigada. - baixinho, para mim.


Tem razão, não tem?

sexta-feira, maio 19, 2006

...

Gosto de quebrar a rotina. Mas não gosto que outras pessoas ma quebrem.

Deixo-me levar por ela muitas vezes.
Como ontem, em que sugeriu o jantar na varanda - que belo jantar!
Como hoje, em que me obrigou a descalçar e ir com ela brincar e apanhar conchas na areia da praia.
Gosto quando ela me faz libertar. Se não fosse ela não tinha descoberto que ainda sei dar cambalhotas.

Por ele, temos de ser as duas a puxar. :)

quinta-feira, maio 18, 2006

Num dia como o de ontem (2)

Foi bem evidente a dificuldade que a M tem em brincar sozinha. Em entreter-se com qualquer coisa enquanto os outros (eu) estão ocupados com outras tarefas, nas quais ela não pode participar. Ontem, em particular, porque não houve escola nem saídas.

Pergunta-me algumas vezes E agora? Vamos fazer o quê?, como se só a mim coubesse a tarefa de inventar jogos, sugerir brincadeiras ou actividades.

Eu gostava muito de brincar sozinha quando era pequena (mais velha do que a M). Inventar, imaginar, dialogar, criar mundos e personagens.

Mesmo quando se entusiasma e começa a brincar sozinha, logo me chama para ir buscar qualquer coisa ou porque tem outra ideia de repente. Não são poucas as vezes em que acaba por se dispersar e volta para mim. Então, mãe? Vá, tu és a filha e eu sou a mãe!

Num dia como o de ontem (1)

ainda coube:

* Uma cantiga inventada (agora inventa muitas cantigas):

- Oh meu amoooor, gosto tanto de tiiii, meu amor. Tu és muito bonita, meu amor. Não vás embooora... lá, lá, lá, esta história já acaboooou...

* Uma conversa maluca:
- Tu és o meu amor, querida!
- Mas eu não sou alto!
- Hã??
- Eu sou amôra...

* Abraços apertadinhos com muitos gosto-tanto-tanto-de-ti!.

* Geladinho. (para mim não que estou a fazer greve de doces)

* Uma mordidela e um puxão de cabelo. (para não me desabituar)

Bem visto

O calcanhar é o queixo do pé.

quarta-feira, maio 17, 2006

As duas em casa

(por causa de uma febrezita chata)

Sugeri que levássemos a mesinha redonda dela para a sala e que almoçássemos lá as duas. Gosto destas coisas. Mas também foi uma forma de compensar os pedidos para brincar que recusei meia-hora antes.
Ficou tão, tão minha amiga que até aceitou tomar o xarope, sem guerras, no final.

terça-feira, maio 16, 2006

Post parvinho

A M vai ter aulas de ginástica no próximo ano lectivo. Ai, ai... que emoção!

Perturbações

Ainda não descobri o que aconteceu para, de repente, as noites começarem a ser tão agitadas.

Tapa! Destapa! (choro) Leitinho! Não tenho mais sono! (choro) Luz acesa! Já é de dia? Quero dormir em cima de ti! (choro) Quero mexer no teu cabelo! Já estou farta! Já é de dia?

O P. acha que é das histórias que contamos antes de deitar. Não me parece, já as contamos há imenso tempo e têm sido sempre do mesmo estilo.

Pode ser calor, sim. Ou mais uma fase.

segunda-feira, maio 15, 2006

O que eu escrevia

Novembro 2003
(7 meses)

70 cm, 7800 g. Tudo bem. Um bocadinho de tosse.

Hoje andou de comboio pela primeira vez. Gostou imenso segundo me contaram, foi com a avó e a tia. Eu esperava-as em Campanhã, para irmos tirar uma ecografia.
Está a evoluir a olhos vistos, agarra-se às grades da cama e tenta pôr-se de pé. Às vezes (poucas) consegue sozinha.


Logo nas primeiras consultas a pediatra notou uma ligeira assimetria nas pregas das pernocas. A ecografia foi para confirmar se (não) havia algum problema ao nível da anca.

sábado, maio 13, 2006

O que eu escrevia

Outubro de 2003
(6 meses)

Fez seis meses na semana passada. Está gira, expressiva, brincalhona. Tão amada...
Tão grande que até parece mentira. Já se senta perfeitamente, sem apoio, há cerca de uma semana. Adora a creche. Vejo que fica muito bem lá e é muito bem cuidada. Já come a sopa em condições, com muitos legumes e nestes últimos dias com um bocadinho de frango. Não será a sua refeição favorita, mas come razoavelmente.
Tem andado constipada nas últimas semanas, umas vezes com mais tosse, outras vezes com menos, umas vezes com o nariz entupido, outras vezes não… Enfim, "fruto do tempo", dizem, que continua muito incerto (calor à tarde, frio de manhã e à noite). Também pode ser a adaptação ao infantário, claro, e a perda de defesas que ainda tinha minhas.


Uma semana depois ficou "doente" pela primeira vez. Bronquiolite.

1001 maneiras de cozinhar ovos

- Obo 'telado, obo cossido, humm... obo mexido, obo na açorda, obo kinda...

sexta-feira, maio 12, 2006

Ontem à noite

Ainda há tão pouco tempo eu diminuia a luz do quarto, pegava nela ao colo para lhe dar o leite. Sempre na mesma posição, a mesma da amamentação. Sempre virada para o mesmo lado, para dar mais jeito para deitar. Cantava baixinho, sussurrava coisas bonitas ou só olhava para aqueles olhinhos pequeninos a fechar. Segurava sempre o biberão com força e se eu o tentasse tirar, despertava naquele desmaio de sono e continuava a mamar, mesmo que já não houvesse leite.
Deitava-a suavemente.
Tudo tão automático, tão rotineiro, porque sabia bem assim.

É incrível como agora falamos e conversamos e ela pergunta e se lembra e se mexe e refila e protesta e volta a lembrar e a perguntar antes de apagar a luz do candeeiro.

Foi há tão pouco tempo...

(E o deslumbramento continua igual.)

quinta-feira, maio 11, 2006

Não sei

se as explosões de fúria que descrevi no post anterior são comuns ou não nas outras crianças.

Parece que faz aquilo (puxar o cabelo, morder, esticar a minha roupa com força como se a quisesse rasgar, atirar com coisas para o chão) como forma de libertar o seu nervosismo por algo que acontece. Depois de fazer estas coisas parece ficar aliviada.

Assim como nós quando, ao fim de um dia de doidos, damos um berro. Ou vamos arejar sozinhas.


(Já lhe expliquei que, mesmo que esteja muito zangada e a senhora da loja não perceber o meu pedido, não me posso agarrar aos cabelos dela.)

Ataques de fúria

Fins de tarde.
Quando não entendo à primeira o que me quer dizer ou o que quer fazer.
Quando a impeço de continuar alguma asneira, como despejar o sabão líquido por vários pontos da casa.

Traduzem-se em violentos puxões de cabelo e mordidelas. Tudo em mim.

Ao primeiro, irritada e impulsivamente, dou-lhe uma palmada no rabo.
Ao segundo, controlo-me, mantenho-me séria e abandono o local, para que pense e se acalme. Chora desalmadamente deitada no chão.

Mais tarde, quebro o gelo:
- O que foi? Queres vir dar-me um abraço?
- 'esculpa, mãe. 'esculpa, mãe. 'esculpa outa bez, mãe.

terça-feira, maio 09, 2006

Género

Associa o azul aos meninos e o cor-de-rosa às meninas.
Acha que os rapazes são mais fortes e devem pegar em coisas pesadas. As meninas em coisas leves.
Acha que o vinho e coca-cola são bebidas que só os rapazes crescidos gostam.

Concluo que foi buscar estas associações àquilo que observa na rua, na escola, nos livros, nos desenhos animados, porque eu garanto que NUNCA fiz qualquer distinção destas entre sexos, muito pelo contrário.

Mas é verdade que tenho algumas t-shirts cor-de-rosa e o P. não tem nenhuma. E raramente bebo vinho. E às vezes não consigo abrir determinados frascos e o P. consegue...


:~|(uma cara de preocupação inventada)

Desconfio

que deixar a fralda da noite vai ser tão difícil como despedir-se de vez da chupeta.

É que ela gosta mesmo daquilo!

Post reeditado

Acho-me mais dura com ela. Mais firme, mais ríspida até. Eu, que até sou pouco disciplinadora.
Tenho dito coisas que não diria há uns escassos meses atrás. Tenho exigido dela comportamentos que há uns tempos não exigiria, ou contornaria de outra forma.
Porque acho que já não é tão bebé assim. Porque percebe as coisas de outra maneira.


Continuo a sentir esta mudança em mim. E não é uma mudança forçada, premeditada ou com algum objectivo em particular. Surgiu naturalmente.

segunda-feira, maio 08, 2006

Dia da Mãe













Gosto sempre das prendas que ela me dá.
Mas, sinceramente, gostava que a prenda tivesse sido mais feita por ela e menos pelas educadoras e auxiliares.
Entendo o objectivo, mas nem que ficasse tudo mal pintado, para mim tinha muito mais valor.

Com um brilhozinho nos olhos

Trocaram-se perguntas e flores. Corridas, brincadeiras e conversas.

Para uma M envergonhada de início, tivémos uma I muito faladora e simpática (M, anda chajer habilidades!*)

Lá vimos (?) uns cangurus e umas águias. Faltou o mocho.

E à máquina fotográfica sem bateria, juntaram-se umas modelos bem difíceis.

Gostámos, muito, muito.

Em casa, depois da sesta mais do que apetecida, quis ver no computador a i'mã bebé da I.



















(Fico à espera do teu (muito melhor do que este) relato.)

* Não sei se foi exactamente assim. :)

sexta-feira, maio 05, 2006

Às cores

Não resisti e copiei-te.

Eu tenho um fraquinho pelo azul, ele é doido pelo vermelho.
Curiosamente, guardo a minha roupa no guarda-fatos e ele no guarda-vestidos. Visto um robe e ele um roupão.
As sapatilhas dele têm tirantes, as minhas atacadores.
Adormeço aconchegada à almofada, ele à travesseira.

quinta-feira, maio 04, 2006

Gramaticando

Por causa disto.

Masculino/Feminino


Sabe que há cães e cadelas, mas
- É um cão e uma cã! ou cãoa!

- Bi ali muitas cabras e cabros!

- Duias bacas, mãe! A mãe baca e o pai baco...

Custou-lhe um bocadinho a perceber por que é que os meninos também são (as) crianças e não os crianços.

Não é fácil, não senhora.


Conjugações verbais

Vão assumindo as mais variadas e engraçadas formas.

- Eu papi. Tu papiste.
- Se eu quiser, eu pedo.
Bocês pedam.
- Eu di [dei].
- Eu já sabo!

O quié esse buáco?!















:)

quarta-feira, maio 03, 2006

Sandálias novas

Só filmado

Põe a mesa com tudo o que é preciso.
É tão sincera que em vez de responder que sim, fez tudo sozinha, quando lhe perguntam, diz:
-A mamã ajudou só um bocadinho a pôr a toalha. O bolo foi a mamã que trouxe, é pesado para mim. Parte.

- Quem quiser mais, pede, 'tá bem?
- Mãe, leva isto para a louça.

Fica um bocadinho atrapalhada quando nos vê rir. Claro. E de vez em quando procura nos meus olhos um sinal de confiança, de orgulho, de que está a fazer tudo muito, muito bem.

Acordar

- Já é de dia, mãe?
- Podes acender a pissiana?


Ah, e depois vem o Está bom tempo?

segunda-feira, maio 01, 2006

Espanta-me

a quantidade de vezes que a M me pede para ver filmes (ou melhor, partes de filmes) que não são de desenhos animados e dos quais não percebe uma palavra.
O primeiro foi The Sound of Music (Música no Coração), depois The Money Pit (Um dia a casa vai abaixo) e agora Beethoven (aquele do cão).

Hábitos pouco usuais

Movimentar a cabeça para cima e para baixo quando está com sono e a tentar adormecer (como se estivesse a dizer que sim, com a cara bem encostada à almofada).

Ao deitar, não deixar que lhe cubra a barriga, mesmo que até esteja frio. Poque dói a ba'íga.

Gostar de usar óculos escuros.

Gostar de bolinhas feitas com miolo de pão.

Gostar de comer cubos de gelo.