A minha filha cortou-se num dedo, enquanto me ajudava a desempacotar um faqueiro novo.
(
Começa aqui a minha irresponsabilidade, não me ocorreu que facas de sobremesa podiam cortar dedinhos.)
Saíu muito, muito sangue. Chorou. Gritou. Abracei-a, dei-lhe beijinhos, tentei acalmá-la. Largos minutos depois (para aí dez) ainda gritava como uma sirene (literalmente), o que me parecia francamente exagero para um corte daquele tamanho. Pequeno, mas que deitou muito sangue. Nessa altura já não.
Pedi-lhe para não gritar tanto.
Pronto, já chega. Vá, mais baixinho. Sempre a gritar.
Chega! Dei-lhe duas palmadas no rabo.
(
Sou ou não sou horrível?)
Claro que ainda gritou mais.