segunda-feira, março 31, 2008
Ontem
fizémos uma receita dela.
Uma espécie de trufas de chocolate que fez na escola e que insistia há vários dias para que reproduzíssemos em casa.
Bolacha Maria partida aos bocadinhos
Manteiga derretida
Leite condensado
Chocolate em pó
Côco ralado
Quantidades perfeitamente aleatórias, tudo muito bem misturadinho. Frigorífico. Fazer bolinhas. Frigorífico.
Uma delícia. As trufas e vê-la dirigir-me na cozinha.
Uma espécie de trufas de chocolate que fez na escola e que insistia há vários dias para que reproduzíssemos em casa.
Bolacha Maria partida aos bocadinhos
Manteiga derretida
Leite condensado
Chocolate em pó
Côco ralado
Quantidades perfeitamente aleatórias, tudo muito bem misturadinho. Frigorífico. Fazer bolinhas. Frigorífico.
Uma delícia. As trufas e vê-la dirigir-me na cozinha.
quinta-feira, março 27, 2008
Filosofia
- Mamã, eu não me conheço. Eu sei que me chamo M., mas não me conheço. Olho para o espelho e parece que sou outra menina.
Deve andar a pensar nestas coisas
- Mamã, quando morremos já não existimos mais?
- Mamã, eu queria existir toda a vida...
Noto-lhe a angústia de quem começa a perceber a sério como funcionam as coisas.
- Mamã, todas as pessoas têm cabeça?
- Mamã, eu queria existir toda a vida...
Noto-lhe a angústia de quem começa a perceber a sério como funcionam as coisas.
- Mamã, todas as pessoas têm cabeça?
O poder da roupa
Ontem usei um vestido, calcei umas botas (chovia muito) e vesti um casaco preto comprido. Tudo meu, tudo escolhido por mim. Não me senti eu. Durante todo o dia, aquela sensação de me querer libertar daquela pele. O reflexo nos vidros era de outra pessoa. Até o meu andar tinha outro ritmo e forma.
O alívio quando entrei em casa e me refresquei com umas calças de ganga, um casaco de malha e a minha querida echarpe lilás.
O alívio quando entrei em casa e me refresquei com umas calças de ganga, um casaco de malha e a minha querida echarpe lilás.
As férias
foram mais ou menos.
Durante 1/3 dos dias (que corresponde a 1 dia inteirinho) o tempo não esteve bom. O P. só queria dormir, a M. estava rabujenta e sem nada que fazer, eu arrependida por não ter levado uns jogos e frustrada nas minhas expectativas de grandes passeios.
No restante tempo, deu para vestir o fato-de-banho à M. e vê-la feliz a saltitar na relva, para comer pizza com amigos grandes e pequenos, para carregar as baterias com muito sol na cara, para me chatear com o P. por só querer dormir, para me divertir e atrapalhar com a dinâmica de uma casa com 12 pessoas.
Durante 1/3 dos dias (que corresponde a 1 dia inteirinho) o tempo não esteve bom. O P. só queria dormir, a M. estava rabujenta e sem nada que fazer, eu arrependida por não ter levado uns jogos e frustrada nas minhas expectativas de grandes passeios.
No restante tempo, deu para vestir o fato-de-banho à M. e vê-la feliz a saltitar na relva, para comer pizza com amigos grandes e pequenos, para carregar as baterias com muito sol na cara, para me chatear com o P. por só querer dormir, para me divertir e atrapalhar com a dinâmica de uma casa com 12 pessoas.
Sento-me ao computador
O rapaz jeitoso que está no compartimento ao lado do meu parece demasiado absorvido com o que está a fazer para reparar que eu estou a escrever num blog. Mesmo assim não estou confortável. Não controlo a retaguarda.
Bem..., siga.
Bem..., siga.
terça-feira, março 25, 2008
quinta-feira, março 20, 2008
sábado, março 15, 2008
Primeiro post da M.
Hoje brincámos aos escorregas, às mesas e às camas com os legos. Com a vestinária (veterinária), com a égua que faz hihihi e com mais nada. Ah, e com as shellys! E também fiz uma cara com uma borboleta e um peixe na Serra da Estrela, quer dizer, não foi aí, foi na feira do pão (Museu do Pão). Uma senhora contou uma história e perguntou-me como me chamava. Eu disse que me chamava M.
A mamã estava muito quentinha na Serra da Estrela, por isso não teve nenhuma di-fi-culdade de estar no frio. O papá estava com o casaco vermelho que sai penas. Muita peninha! E lanchámos no carro e o lanche foi pão com salsichas, manteiga e queijo e sumo.
E antes de irmos para a Serra da Estrela vimos uma senhora a lavar o carro bonito azulinho com água que parece espuma e era rosa. Eu até pensava que o carro era todo rosa.
O avô trouxe-me uma surpresa e a surpresa era três ovos pequeninos, quer dizer, médios, de chocolate. Um tinha coelhos o outro era azul com pintaínhos a sair da casca do ovo e o outro já não me lembro.
É um lindo dia, não é? Pois é, mas uma parte não é um lindo dia, sabem qual foi? A parte da Serra da Estrela.
A mamã estava muito quentinha na Serra da Estrela, por isso não teve nenhuma di-fi-culdade de estar no frio. O papá estava com o casaco vermelho que sai penas. Muita peninha! E lanchámos no carro e o lanche foi pão com salsichas, manteiga e queijo e sumo.
E antes de irmos para a Serra da Estrela vimos uma senhora a lavar o carro bonito azulinho com água que parece espuma e era rosa. Eu até pensava que o carro era todo rosa.
O avô trouxe-me uma surpresa e a surpresa era três ovos pequeninos, quer dizer, médios, de chocolate. Um tinha coelhos o outro era azul com pintaínhos a sair da casca do ovo e o outro já não me lembro.
É um lindo dia, não é? Pois é, mas uma parte não é um lindo dia, sabem qual foi? A parte da Serra da Estrela.
Para os anos
Já teve uma série de ideias completamente diferentes umas das outras para a festinha. O mesmo para o bolo.
Certo, certo, é que não quer ir à escola nesse dia. Porque é um dia especial.
Certo, certo, é que não quer ir à escola nesse dia. Porque é um dia especial.
Muito chorona
e birrenta. Amua, ofende-se quando lhe ralho ou a repreendo.
Um teste à minha (nossa) paciência.
Um teste à minha (nossa) paciência.
Segunda vez
Fomos à Serra da Estrela e mal pudémos sair do carro.
Pouquíssima neve e um vento tão gelado que a pequenina (que se atrapalha com o mínimo sopro na cara) chorou desalmada para sair dali.
Valeu pela bolinha de neve que pudémos transportar (a M. está aqui a dizer para não me esquecer de escrever que a pequenina comeu a neve) durante muito tempo e a visita ao Museu do Pão.
Pouquíssima neve e um vento tão gelado que a pequenina (que se atrapalha com o mínimo sopro na cara) chorou desalmada para sair dali.
Valeu pela bolinha de neve que pudémos transportar (a M. está aqui a dizer para não me esquecer de escrever que a pequenina comeu a neve) durante muito tempo e a visita ao Museu do Pão.
segunda-feira, março 10, 2008
Porque um dia vai passar, registo.
O hábito da M. enrolar os dedos no cabelo quando tem sono ou quer mimo. Tem tanto de ternurento como de terrível. É frequente fazer nós incríveis. Ninhos impossíveis de desfazer. Nela e em mim.
sexta-feira, março 07, 2008
Amuei
Há poucas horas tive um ataque de ciumeira impensável à frente da M.
Porque de mim nunca tinha assim tantas saudades, porque se calhar era por passar tanto tempo com ela, porque ia começar a sair mais para ver se sentia a minha falta!
Eu disse estas coisas.
A sério.
Dêem-me qualquer coisa para tomar.
Porque de mim nunca tinha assim tantas saudades, porque se calhar era por passar tanto tempo com ela, porque ia começar a sair mais para ver se sentia a minha falta!
Eu disse estas coisas.
A sério.
Dêem-me qualquer coisa para tomar.
quarta-feira, março 05, 2008
Há coisas que nos explicam
Nunca estive em Moçambique. No entanto, sou capaz de imaginar e identificar sítios como se os conhecesse, tantas vezes os visitei pelas palavras dos meus pais e avós. Conheço os cheiros e as paisagens pelos narizes e olhos deles.
Fui a primeira da família a nunca lá ter estado. Mas sei que me sentirei em casa quando lá for.
Fui a primeira da família a nunca lá ter estado. Mas sei que me sentirei em casa quando lá for.
terça-feira, março 04, 2008
À porta do elevador
sinto uma dor aguda no peito, respiro fundo, duas vezes, três vezes, não passa. Ela, lá dentro, à minha espera. Eu a segurar a porta com o corpo.
E se estou a ter um enfarte? Mexo-me, respiro, ai. Olho bem para ela para perceber se está preocupada. Se estiver a ter um enfarte é melhor não entrarmos no elevador. Posso cair e ela fica lá fechada.
Ter filhos muda-nos para sempre a ordem dos pensamentos.
E se estou a ter um enfarte? Mexo-me, respiro, ai. Olho bem para ela para perceber se está preocupada. Se estiver a ter um enfarte é melhor não entrarmos no elevador. Posso cair e ela fica lá fechada.
Ter filhos muda-nos para sempre a ordem dos pensamentos.