Consulta, ontem

Peso no percentil 75.
Altura no percentil 90.

Consultar oftalmologista este ano e ortopedista (já tinha notado uma certa tendência para meter um dos joelhos para dentro).

Uma fita de choro agarrada ao meu colo.

Contando aos outros:
- Cho'ei!
- Porquê?! E a Dr.ª G. o que disse?
- Que era normal.

Armei-me em cabeleireira

O lado direito ficou digno dos melhores profissionais.

O lado esquerdo... bem..., disfarça.

Ficou querida. Mais bonequinha.

Quatro anos

Faltam duas semanas.

Ainda não planeei a festa. Parte das minhas ideias está dependente do tempo... Não quero enfiar meia dúzia de miúdos que não sossegam cá em casa outra vez!

- Sabes, mãe...

As conversas começam assim muitas vezes. Depois vêm as coisas da escola, dos amiguinhos, das brincadeiras. Coisas que já aconteceram há muito tempo (Porque é que nunca me contaste isso? Há quanto tempo acontecerá?). Coisas que não gosta e que lhe custam. Alegrias. Pequenos segredinhos.

- Não contes nada, mãe. (Por que é que duvidas? Claro que não conto.)

Vejo-a crescer.

Hoje, enquanto saíamos de casa, tentava explicar-lhe como se aplica a palavra "arrependida".
- Por exemplo, uma filha faz asneiras, a mãe zanga-se e diz: estou arrependida contigo!
- Não, não é assim. É mais... blá, blá, blá!

Vejo-a crescer. Tornar-se numa pessoa independente de mim. E isso tem tanto de belo como de misterioso/assustador. O que virá por aí? Já há tanto que não controlo, que não sei... Já nem sempre consigo ler o que vai naquela cabecinha.

Não... Tem muito mais de belo!

Gosto

quando nos aninhamos uns nos outros. Eu entrelaçada nele. Ela encaixada num de nós ou no meio dos dois.

Impensável há uns meses atrás

- Mamã, hoje há ginástica para nós?
- Não.
- Oh, que pena...

Do fim-de-semana

Mão pela primeira vez num burro.
Mão pela primeira vez na lã de uma ovelha.

Dormi menos do que desejava.
Comi mais do que planeava. (Tão bom o pão!)

Pequena com inflamação num olho na primeira manhã. Passou depressa.
Eu, mal disposta e com dores de cabeça na viagem de regresso.

O P. quase sempre bem.

No Palácio de Mafra

Muito atenta ao que a nossa guia explicava.
Eu ia-lhe repetindo o que achava mais interessante e apontava para ela ver do que estávamos a falar.

- Mamã, não é preciso dizer!

Ele diz que ela é como eu

- Já tenho saudades da nossa casa pópria...
- Quando formos embora, vou ter muitas saudades desta casinha...

Na cozinha

- Então, diz lá o que queres?
- O amor da mamã...

(E nem vale a pena dizer que depois foi a birra quase descomunal por causa das calças de ganga que eu exigi que não vestisse hoje e porque a fiz engasgar-se tal era a pressa de lhe lavar os dentes.)

Ginástica

A M. tem uma amiga lá na minha ginástica. É a G, uns meses mais velha.
Como todas as meninas, tanto estão aos abraços e às gargalhadas, como têm discussões e amuos terríveis. Ui!

Continuo a achar que com os rapazes não é nada assim.

Seja como for, é uma forma de aquela obrigação de estar ali comigo durante uma hora, duas ou três vezes por semana, se tornar mais leve. Divertida, até.

E o pior até já passou. O Inverno dos dias pequenos, em que saíamos de casa já de noite, com frio (mais um motivo para as constipações)... Não foi sempre fácil. Mas não quis voltar a privar-me daquilo só porque não tinha com quem a deixar. Conseguimos que as minhas idas à ginástica se tornassem coisas boas. Até já aconteceu preferir ir, podendo ficar com a avó.

Ontem

e hoje despertou ainda mais cedo (5:30). Quis leite e luz acesa.
Volta a adormecer, é certo, e mais depressa do que eu que ando aqui com uma articulação a doer e não sei como me hei-de deitar.

Acorda com uma boa-disposição fabulosa: Mamã, podes dormir que eu vou fazer um desenho para ti!

Eu é que já não estou habituada a estas interrupções. Adormeço todos os dias no sofá, à noite, assim que deixam de falar comigo durante dois minutos.

Algures por aqui

no próximo fim-de-semana.

Este Inverno

que acaba amanhã foi diferente.

Mais vezes doente. O ano passado, tirando as habituais tosses e narizes entupidos, não adoeceu verdadeiramente nenhuma vez.

Acho que o tempo contribuíu para isso. Foi um Outono/Inverno atípico.

Mas não me sinto isenta de culpas. Facilitei, cedi mais vezes do que devia. Nunca lhe consegui vestir uma camisola em condições(Ai que calor! Isto pica!), o melhor que consegui foram umas sweats polares, duas vezes se bem me lembro. Andou várias vezes pouco agasalhada na rua. Andou várias vezes com os pés gelados, descalça pela casa. Enfim...

Ou então, calhou.

Olha que bom!

Pais & Filhos

Olheiras (minhas)

Nos últimos quatro dias tem acordado às 6:45.

Pai

O P. começa a ser solicitado para mais tarefas. Só ele. Lavar dentes e tratar de coisas que doem, essencialmente. É mais suave, mais solidário com as lamechices da pequena.

É o papázinho lindo. Vejo-o satisfeito por poder participar e tomar conta da situação. Vejo-a desejosa de atenção e de mimos dele.

E tem sido alvo de operações de charme deliciosas quando chega a casa.

Sentados

na mesma cadeira, a ver fotos antigas no computador.

Ele: - Tenho mais barriga agora.

Eu: - Olha a M tão pequenina! Já falava? O que é que dizia?

Ele: - Estavas muito bem ali.
(Eu estou sempre bem, pá!)

Eu: - E aqui? A M já falava? Não me lembro...

Os "dias de" qualquer coisa podem ser tão agradáveis como cruéis.

:)

Trocamos perguntas, adivinhas, charadas. Anedotas.

- O que é que fazem as pessoas muito, muito distraídas?
- Comem o guardanapo e limpam a boca ao bife! Ahahahah!

- Altos castelos, lindas janelas, abrem e fecham sem ninguém mexer nelas.
- São os olhos!

- Uma senhora, muito assenhorada, quando sai à rua vem sempre molhada.
- A língua!

- Qual é a coisa, qual é ela, cai no chão fica amarela?
- Ovo!

Vvvvv

Só há poucos dias comecei a ouvir os primeiros vês da boca dela. Esporadicamente. Tímidos. Acho que nem sabe bem como fez.

E se eu disser

que não me lembro da última vez que lhe lavei as calças de ganga que ela adora e que quer usar todos os dias menos um? É badalhoquice?

Troca-tintas

Pónel - pólen
Capote - Pacote

Acho lindo!

- Hoje, no refeitório, rezei para a minha mamã estar sempre no meu coração mesmo quando não está à minha beira. E depois tirei-te do bolso.

Leve

É como me sinto.
Há semanas que a ida para a escola é pacífica e até entusiástica.
Já começa a ser regra ir buscá-la e ter de esperar, porque quer ficar a brincar a isto ou àquilo. Por duas vezes aproveitei para ir às compras e regressei uma hora depois. Recebeu-me feliz e transpirada.
Talvez se identifique mais com esta educadora ou com as actividades que realizam. Talvez esteja a crescer.

Conheço o outro lado, por isso sei dar valor a este.

É tão, mas tão bom!

Assina

ou tenta escrever o nome do destinatário em todos os desenhos. Letras que sabe fazerem parte daquela palavra desenhadas no cantinho. Umas à frente, outras atrás.

Acho tão lindinho. No que era para mim fez um M e um A. No que era para o P. fez um P e um O. Foi o que lhe apeteceu.

Pergunta como é "mamã". Um M e um A, outro M e outro A. Ah, pois, e faz.

Não lhe ensino nada. Só respondo às solicitações dela. Acho terrível chegar à escola e já saber tudo.

Das manhãs

Deixo sempre uma cassete no vídeo a gravar o Zig Zag do canal 2 para ver mais tarde.

Pequenos almoços

A partir de determinada altura pareceu-me que um biberão de leite era insuficiente como pequeno-almoço para a idade dela. Até porque a quantidade ingerida se tornou menor.

Mantém-se o leite, ainda na cama, a maior parte das vezes, e completa-se com mais alguma coisa na cozinha. Bolachinhas, cereais com mais leite, torradinhas, queijo com marmelada, são os pedidos mais frequentes. Não é miúda para comer um pão do princípio ao fim (pelo menos em casa e de manhã), não é apreciadora de papas, por isso vamos mantendo esta variedade.

Em contraste com a minha deliciosa e inalterável rotina. Iogurte ou copo de leite de soja e duas fatias de um maravilhoso pão biológico cheio de sementes.

Simples e boas (do fim-de-semana)

Pés na areia da praia. Ar salgado.

As duas na mesma bicicleta. Ai, o meu rabinho!

A Floribella acabou.

Dias do avesso

É um programa da Antena 1 que de vez em quando calha ouvir. Gosto. Uma curta conversa entre Eduardo Sá e Isabel Stilwell.

Hoje o psicólogo lembrou aquilo que já sabemos, mas que nunca é demais repetir. Que os pais perfeitos são inimigos dos bons pais.

Link.

Eu sabia

A minha nova dentista diz-me que o facto de eu não ter dentes do siso é sinal de evolução.

Reflicto

Entro numa loja de pijamas e roupa interior de um centro comercial e reparo que praticamente não há soutiens sem enchimentos. Sem enchimentos e com armação havia um modelo apenas. Será que isto revela uma tendência?

Contas

O interesse pelas somas.

- Já sei mais uma!
- Diz lá!
- Dois mais um são três!
- Boa! E dois mais dois mais dois!
- Faz com os dedos.
-...
- Um, dois, três, quatro, cinco, seis. Seis!

Começou quando me disse que sabia uma coisa, que dois mais dois eram quatro e eu, elogiando, disse que estava pronta para ir para a escola primária porque já sabia fazer contas.

Admiro e surpreendo-me sempre quando vejo na M. atitudes que eu só consegui ter quase em adulta. Atitudes que aliam a sensibilidade à coragem de exprimir sentimentos. Pelo menos para mim.

Dizer à avó que tem saudades ou perguntar ao avô como está o pai dele, doente. Sem ensaio prévio, sem ser eu a mandar recadinhos, sem sequer se falar no assunto.

A educadora

falou-me da não-timidez da M.
Responde às perguntas, muitas das vezes sentada na rodinha com todos os meninos a assistir. Participa em voz alta, sem inibições e quase sempre acertadamente quando estão a explorar um tema ou a conversar sobre uma história.

Se não fosse ela a contar-me eu dizia que era mentira.

Para a lista

Favoritas

- As calças de ganga estão disponibéls? E a camisola da Floribella está disponíbel?

Sol

Ontem à tarde jogámos à macaca.

Tenho a impressão que agora não se consegue riscar uma macaca no chão em todas as escolas.