Durante muito tempo, ouvi comentários deste género:
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Aaaiii! Ela é tão estranha/envergonhada/tímida! É estranho, não é? Anda na escola e tudo...E eu, mesmo não dizendo, pensava:
Se calhar é mesmo por isso.Nunca saberei se o facto da minha filha ter entrado para a creche com 5 meses, embora com um horário "privilegiado" (é importante dizer isto), condicionou a sua forma de ser, o modo de lidar com os outros, o seu maior ou menor desprendimento de mim.
O que sei é que as crianças não se enquadram todas na mesma tabela. E o que é verdade para um, não o é necessariamente para os outros.
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A L. esteve com a mãe (24h sobre 24h) até aos 3 anos, altura em que entrou para o jardim de infância. Miúda sociável, faladora, confiante, trocava a mãe por outra pessoa qualquer, desde que o programa fosse aliciante.
Espantou-me vê-la, com 4 anos, a pedir colo, agarrada à perna da mãe e a chorar aflita quando não a via. Quase como a minha M há uns meses atrás.
A confiança do tamanho do mundo que tinha quando passava os dias com a mãe foi fortemente abalada.
Vai passar, claro, mas é a prova de que nem sempre a escola tem esse papel desinibidor.
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A S. é a menina mais velha da sala (3 anos em Janeiro). Entrou aos 9 meses. É traquina, confiante, mandona. Peixe na água. É dos que
ficam bem de manhã. Na minha opinião, olhar pouco feliz.
Em conversa com a mãe, afinal a S. adormece a dizer que não quer ir
para os meninos, não fala na escola quando lhe perguntam, nunca refere o nome da educadora.