Agora que li
tudo.
Não acho as mães de hoje mais sinceras do que as outras, muito pelo contrário. Ter um filho hoje, pelas dificuldades que por vezes essa decisão acarreta e pelo investimento que é feito, é equiparado a uma dádiva dos céus. É quase um sacrilégio ouvirmos uma mãe dizer
raispartácanalha!!! A sinceridade, que na minha opinião sempre houve, deixou de existir na nossa geração. Por isso é que agora é notícia.
Como o próprio artigo refere, elevámos demais o padrão do que é ser boa mãe ou bom pai. Com tantos medos e psicologia, vivemos sob pressão. A pressão de rir sempre, de saber sempre controlar uma birra, de não deixar chorar o bebé, de afinal deixar chorar, de amamentar até determinada idade, de não o levar para a nossa cama, de afinal levá-lo para a nossa cama,... ai, socorro!
Vamos só ser, está bem?
(Os últimos dias têm sido complicados. Gritos e palmadas no rabo. É indiscritível. Quer-me sempre junto a ela, mesmo em casa. Grita literalmente por mim, da sala para a cozinha, ininterruptamente, como se a estivessem a matar. Eu descontrolo-me, assusto-a, ainda chora mais.
Acho que a explicação é simples: falta de uma sesta em condições.)