sexta-feira, setembro 29, 2006

Resultados

Cozinhar

Ela - 79%
Ele - 10%
Os dois - 10%

De salientar que eles gostam de cozinhar quando lhes "apetece".

Arrumar a cozinha

É regra quase geral que quem não cozinhou, arruma a cozinha (80% dos casos). Mas nos restantes, as duas tarefas são feitas pela mesma pessoa (ela).

Camas

59% dos inquiridos faz sempre a cama antes de sair de casa. Apenas num caso é ele que faz sempre. Nos outros é variável. 41% não faz.

Passar a ferro

Continua a ser uma tarefa predominantemente realizada pelo elemento feminino (43%). Em 38% dos casos, a tarefa é encomendada a outra pessoa (empregada ou empresa especializada). Nas famílias restantes (19%), ninguém tem o exclusivo do ferro de engomar.

(Claro que isto são estatísticas feitas em cima do joelho, sem ter em conta a diversidade de situações que compõem a amostra: famílias com ou sem filhos, número de filhos, situação profissional dos elementos, etc. Nenhum resultado foi surpreendente. Há coisas que estão a mudar, lentamente, mas estão a mudar.)

As minhas respostas

Em geral, sou eu que cozinho. Ele, de vez em quando, com instruções bem precisas.
Normalmente não arrumo a cozinha depois, excepto quando não tenho outra hipótese (se estiver sozinha com a M).
Normalmente, as camas não ficam feitas. A não ser que haja muito tempo. A maior parte das vezes faço-as à hora de almoço.
Não passamos a ferro (temos quem passe), mas não será sempre assim.

Seguem-se as estatísticas.

quinta-feira, setembro 28, 2006

Inquérito IV

Quem é que passa a ferro lá em casa?

a) Temos duas tábuas e dois ferros e passamos um serão por semana a passar a roupa.
b) Quem precisa, vai passar.
c) Sempre eu.
d) Sempre ele.

(Quem tem empregada, acrescenta à pergunta "se não tivesse empregada...")

Inquérito III

As camas ficam feitas de manhã antes de todos saírem?

Adenda: Quem as faz? E ao fim-de-semana?

Inquérito II

Quem cozinha deve arrumar a cozinha a seguir?

Inquérito I

Quem é que cozinha lá em casa?

a) Quem chega primeiro.
b) Eu às segundas e quartas, ele às terças, quintas e sextas.
c) Sempre ele.
d) Sempre eu.

quarta-feira, setembro 27, 2006

Post adiado

Estou há três dias para escrever um post sobre o meu grave problema de autoridade. O de não conseguir fazer-me obedecer em coisas que deviam ser simples (tomar um xarope, por exemplo). O de não conseguir fazer parar uma birra em público (fotógrafo, cabeleireiro, sapataria).

Mas agora não me apetece. Já passou muito tempo.

É diário

- Quando eu estaba na tua baíga, tu fazias chichi e eu também fazia chichi? E cocó?
- Quando tu bebias leite de soja eu gostava?
- Eu choraba quando estava na tua baíga? E quando tu andabas de carro? E quando tu tomabas banho eu também tomaba?

- Mas olha, como é que eu saí da tua baíga?

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segunda-feira, setembro 25, 2006

4 meses e meio depois

Verdade

- Quem é a filha mais linda do mundo?
- És tu! Para mim, és tu.
- E quem é a mamã mais doce um bocadinho má?

Mais tarde classificou-me de quase-boa. A justificação é que eu faço asneiras, zango-me com ela e dou palmadas.

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Começaram

as perguntas mais a sério sobre bebés na barriga.

(Help me!)

sexta-feira, setembro 22, 2006

Que preguiiiiça!

Era por isto que eu não tinha pressa para que deixasse de usar a fralda da noite. Foi sugestão dela.

Hoje eram cinco e tal da manhã quando me levantei para a levar ao quarto-de-banho. Podia jurar que vi 5:80 no relógio. De manhã rebentei a rir.

Ontem

ou
Post sem interesse nenhum

Com sapatilhas (a única coisa que lhe serve para além das sandálias, mas que já não calçava desde Maio) e calças de fato-de-treino (que viraram corsários), pareceu-me de repente tão grande.

Outono

Recebemo-lo, apesar da chuva, com mangas caviadas e sandálias.

Daqui a nada estamos doentes.

Sorte

Acho que já me tinha esquecido que há pessoas que gostam mesmo do que fazem. Acho que já me tinha esquecido que há pessoas que não vêem o trabalho como um mero cumprimento de horários.

A auxiliar da sala da M é assim. Às vezes até parece mentira que tanta dedicação e prazer pelo que faz seja possível.
E eu sinto-me tão descansada e feliz (e sortuda!).

Rendi-me

ao leite de soja. Ao contrário de todos cá em casa.

(Não gosto de leite de vaca!)

quinta-feira, setembro 21, 2006

Urgente

Comprar calçado de Inverno.
26/27? Já?

Manteiga e marmelada

Adoram!
Ele e ela.

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terça-feira, setembro 19, 2006

Analogia

Hoje disse-lhe que, assim como os passarinhos saem do ninho para voar quando crescem, também os meninos a partir de certa idade vão para a escola. Primeiro para a escola dos mais pequeninos, depois para a escola dos maiores e dos ainda maiores e depois vão trabalhar.

Acho que esta abordagem vai ter melhores resultados do que a anterior que era mais à base de enaltecer as coisas boas da escola: é divertida, tem muitos brinquedos, tem muitos meninos para brincar, etc. (Já tentei quase tudo...)

Lápis

Devemos corrigir a forma como seguram no lápis para escrever ou pintar? Ou deixar que encontrem a posição mais confortável?

segunda-feira, setembro 18, 2006

Não é fácil

explicar o vazio que se sente quando se perde um animal que nos acompanhou nos últimos 15 anos. 15 anos é uma vida...

Não é fácil convencer e acalmar uma filha de 3 anos numa situação destas. A ela, que já nasceu com a gata a dar-lhe turrinhas. A ela, que lhe chamava mãe Mia e que já sabia de cor e salteado a canção da gata. A ela, que adorava de paixão aquele bicho, que fechava os olhos quando encostava a cara na barriga branca e macia dele.

Nos primeiros três dias foi muito difícil para mim consolar e acalmar o choro dela. Porque eu também estava triste e revoltada por dentro.

Agora, quase dois meses depois, já não custa dizer alto que temos saudades. E eu já não evito essas conversas. Digo que também tenho e que é mesmo assim. Abraço-a e sinto-me feliz porque sei que tudo isto, em vez de a traumatizar (que medo tive eu!*), fê-la crescer um bocadinho.
Porque começou a perceber a morte de uma forma pacífica e natural (apesar de me ter perguntado se não a podíamos visitar há poucos dias), porque teve uma amostra de que a realidade nem sempre pode ser alterada a nosso favor e que temos de ser nós, fortes, a ultrapassar a profunda tristeza que sentimos. E conseguimos, porque o tempo cura tudo.













*Estivémos as duas até ao último segundo com a gata. Assistímos ao tranquilo fechar de olhos. Fizémos festinha e démos beijinho. Foi eutanasiada.

Primeiro

"rr" dito sem esforço. Sem aquele ggggrrrrr que lhe ensinava e arranhava a garganta.

- Raínha. Raínha. Mamã, podes por a rraínha!

Na frase seguinte saiu tudo com "rr", mesmo as palavras que não têm nenhum. :)

Agora pede para lhe dizer muitas palavras com rês. Repete. Diz todos, menos os que estão no meio das palavras. Garrafa continua a ser gagafa!

Não insisto nada nestas coisas. Não a corrijo, normalmente. Apenas repito as frases ou palavras da forma certa. Mas ficou tão orgulhosa com a sua conquista.

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Memória

Surpreendo-me sempre com a memória (principalmente visual e olfactiva) que revela. Desde muito cedo que sente e identifica o cheiro de tudo. Mais do que eu. Pelas minhas mãos, pelos meus beijos, dizia o que eu tinha estado a fazer ou a comer. O que me espantou quando uma vez, há muito tempo, me disse Tibeste a comer alguma coissa doce... quando me aproximei dela. É capaz de dizer que aqui cheira como cheirava naquela casa, naquele restaurante, naquele jardim.

Já conhece os caminhos que percorremos diariamente. Bais por este lado? A nossa casa é por ali!, quando resolvo passar no supermercado antes. Eu já tibe aqui..., mesmo que tenha sido há muito, muito tempo. Foi ali que fui com o papá compar um gamo de flores para ti. Em que dia? Dia da mãe ou dia do coração?
Associa e recorda símbolos. Isto costuma dar na tebissão! - observando um anúncio ao UZO no jornal. Aquele giassól [guarda-sol] é igual ao café! - descobrindo, na praia, um guarda-sol com publicidade à Sical que costuma ver nas chávenas e pires e caixas de guardanapos do café.

(Temos tendência a achar tudo fantástico e fascinante no processo normal de desenvolvimento dos nossos filhos. Principalmente se é o primeiro. Isto que descrevi não é excepção. Provavelmente é normalíssimo e não tem nada de surpreendente, mas eu sou a mãe...)

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Discussões

Não estamos sempre de acordo. Discordamos muitas vezes até. Outras vezes concordamos, mas demoramos a perceber isso. Então discutimos e elevamos a voz e gesticulamos.
Eu tento, juro que tento, mas nem sempre dá para dizer Espera aí que vamos ali atrás debater este assunto!

Que ela topava e ouvia tudo, já eu sabia. Mesmo que estivesse a cantarolar. Agora diz para estarmos calados. Ou então dá-me razão.

Registo

Ceteza abessuúta! - muitas vezes, ultimamente.
Mudança
Cansativo
Facilmente

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sexta-feira, setembro 15, 2006

Bom fim-de-semana!

Vou ali fazer este bolo e já venho.
Se calhar só na segunda-feira, depois do Hoje há escola?/Sim./Nããããããoooo....

Estrela cadente

Surgiu num livro e falámos de desejos. Os meus desejos àquela hora tinham a ver com sol, praia e chocolates.

O dela foi que nunca mais houvesse escola.

Espantou-me a precocidade da frase. Entristeceu-me o conteúdo.

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Serão de ontem

- O dia mais aterrador da vida é o dia do nascimento do primeiro filho.
- Nunca ninguém diz isso...

- A vida, tal como foi até ali, desaparece. Para nunca mais voltar. E eles aprendem a andar, depois aprendem a falar... E só queremos estar com eles. E tornam-se nos seres mais adoráveis que algum dia conheceremos.
- Que bonito...


Do filme Lost in Translation.

(Tenho a sensação que não devo ter sido a única a ver este filme esta semana. :))

quinta-feira, setembro 14, 2006

Atadinhos

Do artigo Uma geração de "atadinhos" da Notícias Magazine deste domingo:

(...) decidimos fazer tudo diferente [dos nossos pais]. Mas como na prática o único exemplo concreto de pais que temos é o dos nossos, acabamos num estilo de educação que muitas vezes é uma miscelânea venenosa entre os primeiros impulsos (tudo aquilo que jurámos nunca fazer igual), e as boas práticas sobre as quais lemos, e que zelosamente queremos aplicar.

(...) aprendemos pelas experiências, pelas boas, claro, mas sobretudo pelas más. Sermos rejeitados pelos outros, sentirmo-nos desiludidos ou tristes, são sentimentos com que temos de aprender a lidar, e são sentimentos que nos obrigam a "ir para fora cá dentro", ou seja, a pararmos de ouvir o mundo lá de fora, para escutarmos o que aquelas sensações nos estão a querer dizer. Conhecer a tristeza e a frustração, ajuda-nos não só a familiarizar-nos com sentimentos que estarão presentes em quase todos os momentos da nossa vida, mas também a perceber que não são eternos e que temos recursos próprios para os combater. Essa é uma aprendizagem que ninguém pode fazer por nós, mas que nós adultos tendemos a querer poupar aos filhos.

Por isso, sim, custa e dói, mas é preciso deixá-lo ser infeliz às vezes, sem cairmos sobre eles quais águias em voo picado, enchendo-o de ruído - o das nossas perguntas e ansiedades - que não o deixa escutar-se a si mesmo.

Não lhe aperte os atacadores (porque não sabe), não lhe tire a colher da mão (porque suja), não aldrabe o papel para a professora a dizer que ele não fez os TPC porque estava doente quando não estava (para o coitado, não apanhar um castigo), não lhe adiante a semanada, porque ele se "esqueceu" que ainda não tinha pago o bilhete para o concerto, etc.

Eles não são frágeis. Deixe lá de ter pena deles, e tenha mais é um bocadinho de pena de si, que se esfola a trabalhar, a ser mãe e pai, a fazer tudo bem, a não provocar traumas no menino e a tratar de que não lhe falte nada.
Espere até levar uma daquelas respostas de caixão à cova, das que acertam onde dói e revelam que ele a conhece de gingeira, e depois vai perceber quem é o forte e o fraco nesta história.


"Queria tanto que os meus pais tivessem outro hobby para além de mim", disse uma adolescente de 15 anos ao seu psicólogo (...) Pois é, é o que dá termos cada vez menos filhos e cada filho ser considerado cada vez mais como o grande investimento, a grande compensação, a grande fonte de felicidade. Se os nossos pais nos deram a ideia de que só tínhamos era de lher agradecer por nos terem dado a vida, mandado à escola e enchido o prato com comida, nós - nos antípodas - agradecemos de cinco em cinco minutos aos nossos meninos o grande favor que fizeram em nascer, em falar connosco, em pôr o prato que sujaram na máquina, (...)

"Se soubéssemos que cada um dos nossos desenhos acabava colado no frigorífico dos nossos pais, quem é que brincava com os lápis, fazia disparates com o papel ou arriscava uma "obra" mais criativa?", diz Anderegg [psicólogo] à Psychology Today [revista].

(...) as crianças são supostas interiorizar a imagem do pai e da mãe e dos adultos que para elas são relevantes, de forma a que possam fisicamente abandoná-los, sem que se sintam abandonados. Ou seja, é preciso que consigam levar os pais dentro de si! Esta aquisição é fundamental para que se façam ao caminho e para que, em momentos em que são obrigados a tomar decisões, possam ir buscar esses recursos e pensar "o que é que o meu pai fazia se estivesse aqui?" (...) Mas não, os meninos agora não interiorizam os valores e as "lições" dos adutos, mas antes a ideia do "tenho de falar à minha mãe" ou até tão-somente um número de telefone!

Deixá-los brincar muito, sem interferir. Se brincarem o suficiente vão ser sempre capazes de encontrar, sozinhos, sem chamadinhas nem "toques" para os pais, o caminho que melhor lhes convém. Vão ser capazes de, sem ajuda da mãezinha nem o dinheiro do papá, contruir uma relação amorosa e uma vida à sua maneira. Para os pais fica a parte mais difícil: entender que estas crianças não lhes pertencem, e como dizia aquela adolescentes, a única alternativa saudável que lhes resta é a de encontrarem hobbies alternativos ao de, com todo o amor e a melhor das intenções, estragar a vida dos seus filhos. Transformando-os em atadinhos, wimps, bananas, ou seja lá o que o calão da altura lhes decidir chamar.

Heranças

Herdou de mim, entre outras coisas, a resistência às mudanças.

Quer mudar, mas na hora da verdade, as pernas tremem e apetece fazer rewind e pôr tudo como estava no início.

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É por gostar tanto

É por gostar tanto dela que não a posso privar de sofrer.
É por gostar tanto dela que não dou mais tréguas às faltas de educação. Que a arrasto por um braço e a deixo a chorar na cama. As vezes que forem necessárias.

quarta-feira, setembro 13, 2006

Galinhas

Já não é a primeira, nem a segunda, nem provavelmente a terceira vez que um pacífico encontro para brincar entre duas amiguinhas da mesma idade (3/4 anos) dá em gritaria.
Sempre do género:
- Não brinco mais!
- Nem eu!
- Não vais mais a minha casa!
- Tu também não vais mais à minha!
- Não sou mais tua amiga!
- Nem eu!
- Então vou embora!
- Xau! Adeus! Eu também vou embora!
- E nunca mais brinco contigo!
- ...


Tenho a impressão que com os rapazes não acontece nada disto.

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terça-feira, setembro 12, 2006

Confusão

ou Os efeitos desastrosos da compra de um livro só pela capa

Nas férias, comprei o livro Camila e os seus amigos para a M, porque, pela capa, me pareceu ser uma simples história com crianças de várias cores e nacionalidades.

A verdade é que a história, que nem sequer é boa, é sobre a adopção de crianças.
Tendo já outras Camilas, inofensivas e até engraçadas, nem me dei ao trabalho de ler para mim antes de ler para a M.
As surpresas foram surgindo assim, a frio, e as explicações que não esperava dar também foram saindo conforme consegui. Ainda pensei trocar o livro, mas já não me deixou. Só me pediu para contar mais uma vez.

Hoje ouviu a expressão "adoptar crianças" na televisão. Nem sequer estava a olhar. E só hoje percebi a confusão que o raio do livro causou ao misturar adopções com crianças brancas, pretas e amarelas.

- Adoptar quianças?
- Sim. Tomar conta daqueles meninos que não têm pai nem mãe.
- Os de cara pêta.- com o ar mais natural do mundo.

Livro arrumado de vez.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Cabelos

Gostava de experimentar deixar crescer a franja da M até ao comprimento do resto do cabelo.

Não sei se ficará bem ou mal.
Não sei se será prático ou não.

Susto

Muita areia grossa (quase pedrinhas) dentro dos olhos.

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Com

uma priminha de 5 meses ao colo, recordei a voz que usava para falar com a M na mesma idade.

sexta-feira, setembro 08, 2006

Separações

Só há pouco tempo é que começou a ficar em casa, sem problemas, quando tenho de sair. Ir ao supermercado, por exemplo. Prefere mesmo ficar. Sugere que eu vá e chega a dizer que fica sozinha e não faz mal.

A separação por curtos períodos de tempo já não é difícil. Mas fica em casa, com o pai, a tia, a avó ou a empregada. Na escola a conversa é outra.

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No escuro

do quarto, antes de adormecer, abordo mais uma vez a questão da escola.

- Sabes, eu não gosto de bincar...
- Não gostas?
- Só gosto de bincar aqui em casa.
- Oh... Mas podes fazer muitas outras coisas: desenhar, brincar com as plasticinas, fazer um puzzle, ler um livro...
- Mas... eu não bou pá blioteca porque eu não sei ler...
- Oh querida, nenhum menino que lá está sabe ler. Não é preciso. Desfolhas o livro e vais vendo os desenhos e imaginando como será a história.
- Mas eu não gosto de lobos.
- E lá tem algum livro com lobos.
- Não sei...

Depois lembrou-se que afinal sabia ler, mas era só um livro. Leu-me três vezes "A Panela Mágica" que é um livro pequeno e engraçado, tipo lengalenga, que decorou.

Dei-lhe também muitas ideias de brincadeiras que pode fazer na escolinha. Entusiasmou-se... Mas aqueles olhinhos suplicavam: Oh mamã, se tu estivesses lá sempre...

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Terceiro dia

Ficou a chorar, mas menos.

Não queria que se habituasse ou conformasse, queria que gostasse mesmo de ir para a escola. Lá chegaremos.

Acho que a única coisa que não gosta, até agora, é o facto de não me ter por lá.

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quinta-feira, setembro 07, 2006

Segundo dia

Pior do que ontem. Mais choro, mais resistência.


(Vi o desenho que fez ontem. Tão liiiiindo!)

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quarta-feira, setembro 06, 2006

Primeiro dia

Depois do Verão louco que passámos e das mudanças que observámos no seu comportamento perante os outros, as expectativas para o regresso à escola eram boas. Eram óptimas, até.

Mas percebi na segunda-feira (apresentação) que não ia ser assim. O primeiro dia (hoje) não ia ser fácil nem fugir à tradição. Choro, muito choro.

Tive de a despegar de mim e transferi-la para o colo da educadora. Não esperneou, nem gritou, mas chorava desalmada e agarrava-me por onde podia.
Não nos habituamos, não, nunca, mas vamos ganhando alguma prática.

O bom foi que quando a fui buscar não correu para mim ansiosa. Pediu-me para esperar mais um bocadinho. Todas sabemos que esse é o melhor dos sinais.
O bom foi que conversou imenso com a educadora sobre as férias e fez um desenho, apesar de não se ter juntado muito aos colegas.
O bom foi que me pareceu feliz.

(Se lhe perguntarmos diz que não correu nada bem e que não gosta nada daquilo.)

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Voltei

à ginástica. Quase um ano depois.

Que bem que me soube...

terça-feira, setembro 05, 2006

Pele

A dela ainda está dourada e a brilhar do sol das férias.

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Mau

Respondona e desobediente.

Preguiçosa.

Gulosa.

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Já a medi e pesei

Está mais pesada, sim, noto-o no colo.
Cresceu também, já chega com a ponta do dedo ao botão do elevador.

Olho para ela e vejo uma doce "matulona" (não queria usar este termo, não gosto muito, mas ela está mesmo crescida), com umas feições ainda mais bonitas e mais próximas da menina que será.

Parece que foi de repente. Tão de repente que nem dei conta.
Dou por mim, deslumbrada, a analisar-lhe os traços como quem observa um milagre.

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Amiguinha

Nas conversas com uma delas, a M de 5 anos, tive de intervir várias vezes. A miúda tinha uma predilecção por temas como as doenças, a morte e outras desgraças e tinha na minha M uma ouvinte tão interessada como assustada com os seus disparates.

A pior conversa que interceptei foi:
- O teu pai e a tua mãe vão morrer e tu vais ficar sozinha...
- Mas a minha mãe tá ali...
- Mas vai morrer...
- Não bai nada!


A mais engraçada:
- Sabes, eu tenho diabetes e vou morrer.
- O que é diabetes?
- Como é que sabes isso, M?
- esta sou eu.
- Porque comi umas bolachas para diabetes...

Perdi a conta

ao número de amiguinhas que fez (fizémos) estas férias.

sábado, setembro 02, 2006

De volta

Morenos, crescidos, felizes.

Muita leitura para pôr em dia. Muito spam para apagar.